Riscos da apneia do sono em mulheres: o subdiagnóstico que pode levar à morte

A apneia do sono é um distúrbio considerado comum no Brasil. Ao ano, segundo o Hospital Israelita Albert Einstein, 2 milhões de pessoas são diagnosticadas com a doença. Por ser um problema crônico, é necessário o acompanhamento médico para o resto da vida, além da realização de tratamentos e mudanças de hábitos. Esse distúrbio costuma atingir mais homens do que as mulheres, no entanto, apresenta mais risco para elas do que eles. 

Segundo um estudo realizado pela European Heart Journal, em um conjunto organizado entre 8 mil homens e mulheres, foi identificado que mulheres que sofrem com episódios de apneia do sono (com mais frequência e por longos períodos de tempo) têm o dobro do risco de morte por doenças cardiovasculares em comparação com a população feminina em geral.

Já com relação aos homens, o cenário é um pouco diferente: os que enfrentam apneia do sono apresentam esse problema apenas 1/4 a mais do que a população masculina em geral. Esses episódios podem ser definidos a partir da interrupção da respiração em um determinado período de tempo. 

Nestes episódios, quem enfrenta a apneia do sono pode ter asfixias que duram de 10 a 40 segundos, dependendo do grau de severidade da doença. E, nestes casos, é recomendado o tratamento por meio da terapia respiratória com apoio de um CPAP.

Por que a apneia do sono apresenta mais riscos para mulheres?

A apneia do sono é uma doença subdiagnosticada (ou seja, possui diagnósticos não-conclusivos ou errôneos) quando se trata de mulheres. Segundo a Universidade de Medicina de Chicago, nos Estados Unidos, por suas diferenças anatômicas e fisiológicas, uma mulher pode ter apneia do sono e nunca ser diagnosticada com a doença, dado que o seu tipo de ronco não é alto o suficiente.

Mulher dormindo durante o dia, com travesseiros sobre a cabeça para escapar da claridade
Mulheres podem sofrer com apneia do sono a vida inteira e nunca serem diagnosticadas propriamente

Em geral, elas costumam roncar menos que os homens, apresentando sintomas considerados mais leves e que, quando comparados a diagnósticos mais precisos, não indicam sinais da doença. Mulheres que enfrentam esse distúrbio do sono, no entanto, tendem a sofrer mais com insônia, sonolência diurna e fadiga. Além disso, elas também podem ter dificuldades de concentração devido à privação do sono.

Em geral, mulheres que estão no período antes, durante ou após a menopausa têm maior tendência de desenvolver a apneia do sono. Você pode entender melhor essa relação clicando aqui!

Polissonografia

Para o diagnóstico de apneia do sono, é necessário realizar uma polissonografia. Esse exame consiste na análise da qualidade do sono, estudando as atividades cerebrais, cardíacas e respiratórias do paciente.

Por meio desse exame, é possível identificar uma série de outros distúrbios do sono, além da apneia do sono. São eles:

  • Insônia;
  • Narcolepsia;
  • Síndrome das pernas inquietas;
  • Arritmias que acontecem durante o sono;
  • Bruxismo;
  • Sonambulismo.

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Tratamento

Quando diagnosticado oficialmente, a apneia do sono pode ser tratada com o auxílio de um CPAP, por meio da terapia respiratória com ajuda de um CPAP. Pelas diferenças anatômicas com relação a homens, as máscaras são diferenciadas com intuito de oferecer mais conforto e praticidade. Para isso, a CPAPS tem uma seleção dos melhores produtos femininos e os campeões de vendas (e elogios!) entre as mulheres. Você pode conferir tudo isso nesse post aqui.

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Comentários

  1. Avatar de Mari Cecília Coelho
    Mari Cecília Coelho

    Eu preciso de uma máscara maior,que pegue até a boca.
    A de nariz eu continuo roncando muito,e seca muito a boca

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