O ronco alto e persistente é motivo de muito transtorno para quem sofre com o distúrbio e também para quem dorme ao lado. Ele diminui a qualidade de vida, desgasta relacionamentos e, em muitos casos, é o indicativo de doenças mais graves, como a apneia do sono. Quem lida com o problema, constantemente busca uma forma de como parar de roncar.
Diferente do que muitos imaginam, o ronco tem tratamento e é curável. E, se você deseja dormir melhor e acabar com isso, a CPAPS separou dicas fundamentais para colocar em prática hoje mesmo!
O que causa o ronco?
O ronco pode acontecer por diferentes fatores. Dormir de barriga para cima, uma alimentação mais pesada feita antes de dormir, a respiração pela boca, e afins, são alguns dos principais motivos. Enquanto dormimos, os músculos da região da garganta tendem a relaxar. No entanto, às vezes o relaxamento é tanto, que as vias respiratórias superiores (nariz e garganta) se fecha parcialmente, obstruindo a passagem de ar.
Isso ocorre porque a via respiratória torna-se estreita demais para permitir a passagem normal do ar até os pulmões. Além disso, o acúmulo de gordura na região, em pessoas que são sobrepeso ou obesas, também é um agravante para diminuir a passagem.
Como consequência, são provocadas vibrações na garganta que geram o ruído do ronco, como explica o fisioterapeuta e especialista da CPAPS, Eduardo Partata. “As causas do distúrbio estão ligadas a inúmeros fatores, como amígdalas inchadas ou excesso de peso ao redor do pescoço e razões estruturais, como o formato do nariz ou da mandíbula”, comenta.
Como parar de roncar
São vários os fatores que influenciam para o surgimento do ronco. Entre eles, anormalidades na formação da cavidade nasal e nasofaringe, desvio no septo, rinite, idade avançada, ingestão de álcool e o aumento de peso, que influencia na passagem do ar pelas vias aéreas.
O primeiro passo para evitar e tratar o ronco é descobrir a sua causa, ou seja, ir atrás da raiz do problema. O ronco costuma se apresentar como sintoma de algo que já vai mal na saúde, e, ainda que seja comum, não é algo normal.
Para avaliar a gravidade do problema e ir atrás de sua causa, é necessário consultar um médico para a realização de uma polissonografia, que é conhecida como o “exame do sono”. Esse exame tem como objetivo medir a atividade respiratória, a intensidade do ronco e se há interrupções durante uma noite de sono.
Com isso, é possível constatar se o problema pode ser solucionado com mudanças na vida do paciente (como a perda de peso), ou se há a predisposição dada a anatomia do paciente (e, nesses casos, é recomendado o tratamento com terapia respiratória ao dormir, com um CPAP).
1. Pratique atividades físicas

Você já deve estar cansado de ouvir como a prática de exercícios físicos é importante por diversos motivos. Manter-se em constante atividade é uma excelente forma de gastar energia acumulada, aliviar o estresse e equilibrar nosso organismo.
Sabemos como pode ser difícil vencer a preguiça, mas esse deve ser o pontapé inicial para vencer o ronco e ter uma vida mais confortável e com mais qualidade. Os exercícios, principalmente os aeróbicos, aumentam o condicionamento do sistema respiratório, o que ajuda a diminuir o ronco.
E, como benefício, você também terá maior facilidade em pegar no sono, regar seus horários e acordar mais disposto para realizar suas tarefas cotidianas.
2. Controle o peso corporal
Como citado anteriormente, o ronco também pode ser uma consequência do excesso de gordura corporal, que tende a se acumular em regiões como os músculos da língua e a parede da traqueia. Isso dificulta a respiração do paciente e pode agravar o ronco.
Dependendo do peso do paciente, pode ser recomendada uma cirurgia bariátrica para auxiliar no tratamento da apneia do sono (ou até mesmo a cura), dentre outros problemas de saúde que podem ser acometidos pelo peso excessivo.
Se você deseja parar de roncar, invista em uma alimentação nutritiva e balanceada. Nós explicamos como uma visita ao nutricionista pode te ajudar para além da boa relação com a comida, e você pode conferir aqui!
3. Reduza o consumo de álcool
Você é desses que costuma tomar uma taça de vinho para relaxar depois do trabalho, ou se esbaldar no happy hour depois do trabalho? Talvez seja a hora de repensar esses hábitos. É claro que, uma vez ou outra, isso não é problema, afinal, é um lazer! Mas é preciso ficar de olho na quantidade consumida e não tornar algo corriqueiro na sua rotina.
Explicamos mais sobre a relação do álcool com o sono nesse conteúdo, mas, resumidamente, as bebidas alcoólicas possibilitam um relaxamento corporal, o que é excelente, mas, consequentemente, aumenta as chances do ronco durante o sono.
Além disso, por estimular o adormecimento mais rápido, o álcool prejudica a higiene do sono e a qualidade do descanso, fazendo com que você pule as fases do sono fundamentais na hora de dormir. O resultado? Você acorda mais cansado, como se não tivesse descansado nada na noite anterior.
4. Procure orientação médica
Como sempre ressaltamos na CPAPS, é fundamental que você procure um médico especialistas para receber a orientação adequada para iniciar o tratamento do ronco. Quando diagnosticada a apneia obstrutiva do sono, o recomendado é iniciar o tratamento de imediato, com mudanças de hábitos e a utilização de um CPAP para evitar a interrupção da respiração ao dormir.
A síndrome da apneia, quando não tratada, pode facilitar o surgimento de diversos outros problemas de saúde, como a hipertensão, a diabetes e até mesmo um acidente vascular cerebral (AVC). Isso pode ocorrer porque, com a asfixia causada durante os episódios da apneia, menos oxigênio é levado para o corpo e, consequentemente, impossibilita o pleno funcionamento de órgãos vitais para a nossa sobrevivência, como o coração, o pulmão e o cérebro.
Se você precisar de auxílio, não hesite em buscar aconselhamento com a equipe da CPAPS pelo telefone 0800 601 9922 ou por meio do nosso WhatsApp!
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