Ronco pode ser causado por rinite alérgica?

Você sabia que a rinite alérgica é uma das condições mais comuns no Brasil? Com alta incidência, ela afeta muitas pessoas, mas você realmente conhece suas implicações? Essa condição ocorre devido à inflamação na mucosa nasal, geralmente desencadeada por alérgenos, levando a uma rápida resposta inflamatória. Como resultado, surgem sintomas crônicos que podem impactar sua qualidade de vida.

Os sintomas mais comuns incluem obstrução nasal, coriza, coceira nos olhos e até cefaleia. Você já sentiu algum desses sintomas? Neste artigo, vamos explorar mais sobre a rinite alérgica e como ela pode afetar seu dia a dia. Boa leitura!

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O impacto da rinite alérgica na qualidade do sono

A má qualidade e a redução da quantidade de sono têm um impacto negativo na qualidade de vida de pacientes com rinite alérgica, resultando em implicações sérias, como sonolência diurna, alterações no humor, déficit cognitivo e fadiga.

O ronco é comum entre pacientes com distúrbios respiratórios, e sua incidência aumenta com a idade. Embora frequente, esse distúrbio é significativo e pode acarretar consequências clínicas e sociais importantes.

Relação rinite alérgica e ronco

O ronco é comum em pacientes com distúrbios do sono. Após a confirmação do ronco, é recomendável realizar um exame de polissonografia para verificar ou descartar sua associação com outros distúrbios do sono, permitindo assim um tratamento mais eficaz.

Na avaliação desse paciente, deve-se incluir a análise do índice de massa corpórea (IMC), do consumo de álcool e tabaco, além da presença de obstrução nasal.

A obstrução nasal severa é um fator predisponente para o ronco primário, e os indivíduos com rinite alérgica são os mais propensos a apresentá-lo. Existem duas teorias para a associação dos distúrbios do sono, com a rinite alérgica:

1. Teoria mecânica da obstrução nasal:

A obstrução causada pela congestão nasal é um fator determinante para a relação entre a intensidade desta obstrução com a gravidade do distúrbio do sono. A rinite alérgica causa inflamação e inchaço da mucosa nasal, levando a congestão nasal.

Isso resulta em obstrução das vias aéreas, dificultando a respiração. O aumento da congestão nasal quando deitado de barriga para cima e a flacidez da musculatura respiratória à noite explica a piora durante o sono.

2. Teoria das citocinas inflamatórias:

As citocinas inflamatórias têm um papel complexo na regulação do sono e podem influenciar a sonolência. Quando liberadas durante o processo inflamatório ocasionado pela rinite alérgica, podem afetar a qualidade do descanso, aumentando consideravelmente a sonolência.

Crise de rinite alérgica

Dentre os distúrbios respiratórios do sono, os obstrutivos são os mais frequentes e podem ser divididos em:

  • Ronco primário (RP): ruído respiratório sem que ocorra apneia ou despertar noturno. Consiste na produção de som através do trato aerodigestivo durante o sono. O diagnóstico acontece pela exclusão de outras hipóteses.
  • Síndrome de resistência das vias aéreas superiores: maior resistência das vias aéreas associado com sonolência excessiva e micro despertares.
  • Síndrome da apneia e hipopneia obstrutiva do sono: índice de apneia e hipopneia acima de 5 despertares por hora de sono.

O ronco primário é a consequência da vibração das estruturas no interior da faringe e se classifica em 3 níveis de gravidade, sendo grau I para aqueles que roncam ocasionalmente e grau III para aqueles no qual o ronco pode ser ouvido em outro cômodo. Pacientes com ronco grau III tem maior probabilidade de possuir apneia do sono.

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Tratamento da rinite alérgica e a qualidade do sono

A rinite alérgica desempenha um papel importante na obstrução nasal, o que pode ter consequências significativas para a qualidade do sono. O manejo adequado da rinite alérgica, incluindo o tratamento da congestão nasal e a redução da exposição a alérgenos, sendo crucial para melhorar a qualidade do sono e, consequentemente, a qualidade de vida dos pacientes.

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Como tratar a rinite e o ronco

Iniciando a terapia para a rinite alérgica consequentemente ocorrerá melhora do ronco e então da qualidade do sono. Desta forma, é necessário realizar tratamentos acompanhados de prescrição médica, com ação anti-inflamatória, que vai causar tanto a redução dos mediadores inflamatórios quanto a melhora da congestão nasal.

O objetivo do tratamento farmacológico é promover a prevenção de forma efetiva ou para alívio dos sintomas. A prevenção do contato ou a eliminação dos alérgenos é o mais recomendado, porém a terapia farmacológica também se faz necessário.

É importante ressaltar as características desfavoráveis do ambiente domiciliar, predispondo o contato com fungos, ácaros e substancias irritantes como fumaça de cigarro, que acabam desencadeando a rinite alérgica. Sendo assim, é indispensável que se tome medidas que promovam a higiene ambiental de sua residência.

Já para o ronco, o tratamento consiste em três níveis:

  • Nível 1: Se trata de mudanças comportamentais, incluindo perda de peso, mudança na posição durante o sono, tratamento de alergias, da obstrução nasal e parar de fumar.
  • Nível 2: Realizam-se intervenções não-cirúrgicas como o uso do CPAP, o equipamento mais eficaz para o tratamento de pacientes diagnosticados com síndrome de apneia obstrutiva do sono.
  • Nível 3: Em último caso, se opta pela intervenção cirúrgica, podendo ser cirurgia nasal, cirurgia do palato ou bariátrica.

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Comentários

    1. Avatar de Júlia

      Olá Carina, como vai? Para maiores informações, entre em contato com a nossa Central de Atendimento no 0800 601 9922 e converse com um de nossos consultores.

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