É claro para a maior parte das pessoas que a nossa saúde funciona a partir de um constante equilíbrio, ou seja, caso algo não esteja funcionando direito, pode impactar em outras áreas da nossa saúde. Um grande exemplo disso é o sono, que interfere diretamente no nosso dia a dia e produtividade, além de facilitar o desenvolvimento de algumas doenças, como o Alzheimer – que tem relação com a qualidade das noites dormidas, segundo especialistas.
Contudo, como podemos entender melhor essa relação entre a qualidade de sono e o Alzheimer? Isso é uma dúvida muito comum entre as pessoas, principalmente no que diz respeito a se quem dorme mal está mais propenso ao desenvolvimento da demência ou não. Neste post, buscamos esclarecer melhor estas dúvidas e trouxemos muitas dicas de como você pode dormir melhor à noite. Continue a leitura e confira agora mesmo!
Entenda a relação entre sono e Alzheimer
Conforme apontado em um estudo realizado pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, além dos distúrbios do sono contribuírem para um declínio cognitivo, eles também podem atuar no aumento do risco de desenvolvimento do Alzheimer. Dessa forma, os pesquisadores constataram que noites mal dormidas podem desencadear a doença.
Isso ocorre porque é durante o sono que o cérebro faz uma espécie de “limpeza” nas células neurodegenerativas e nas toxinas – o que é uma parte indispensável da prevenção ao Alzheimer. No entanto, quando o descanso durante a noite não é satisfatório, há um aumento nos níveis de uma substância tóxica no cérebro, que ajuda a desenvolver doenças prejudiciais à memória.
Além disso, um outro estudo também aponta a relação entre sono e Alzheimer. Segundo apontado em uma pesquisa publicada na revista Annals of Neurology, a privação do sono eleva os níveis da beta-amilóide em até 30%. É importante ressaltar que a beta-amilóide é uma proteína que está diretamente ligada ao desenvolvimento da demência.
Por outro lado, é importante ressaltar que os especialistas afirmam que a insônia, por si só, não é a causadora do Alzheimer. Contudo, o problema é um grande fator de risco para o desenvolvimento da demência. Dessa forma, é válido cuidar melhor das noites de sono, buscando dormir melhor em forma de prevenção ao desenvolvimento do problema.
+ Sono x Demência: entenda a relação
Alzheimer: sinais, diagnóstico e tratamento
O mal de Alzheimer se caracteriza como uma doença neurodegenerativa progressiva, ou seja, ela vai evoluindo com o passar do tempo – levando a uma piora dos sintomas. O paciente acometido com esta demência vai aos poucos perdendo algumas funções do cérebro, como as responsáveis pelas suas habilidades linguísticas, memória, pensamento e a capacidade de se cuidar sozinho. Geralmente, a progressão desta demência pode levar de 8 a 12 anos.
É importante apontar que a doença se relaciona diretamente ao processamento de proteínas, em especial a beta-amilóide. O que ocorre é que estas proteínas começam a parar de serem eliminadas da maneira correta, se acumulando nos neurônios. Dessa forma, devido à toxicidade desses “pedaços de proteína”, os neurônios deixam de funcionar da maneira correta, levando à degeneração cerebral.

Além disso, é necessário ressaltar que o Alzheimer é considerado uma doença crônica. Ou seja, as pessoas diagnosticadas com esta demência têm que conviver com o problema diariamente, durante toda a vida – ainda não há uma cura conhecida para a doença. Contudo, o problema pode, sim, ser tratado por meio da amenização dos sintomas – isso não é uma cura, mas sim uma melhora na qualidade de vida do paciente.
Quais os sintomas de Alzheimer
A primeira coisa que você precisa saber sobre os sintomas da doença é que eles podem variar de acordo com a progressão da doença. Essa demência se divide em quatro fases de progressão, sendo a quarta a fase final da doença. Abaixo, contamos melhor quais são os sintomas do mal de Alzheimer divididos por grau da doença. Confira agora mesmo:
Na primeira fase:
- Comprometimento na memória;
- Dificuldade para tomar decisões;
- Mudanças de humor;
- Mudança nas habilidades espaciais e visuais;
- Alterações da personalidade.
Na segunda fase:
- Perguntas repetidas constantemente;
- Agressividade;
- Déficit da coordenação motora;
- Pode se perder dentro de casa;
- Alucinações;
- Dificuldade para falar;
- Apresenta agitação constante.
Na terceira fase:
- Incontinência fecal e urinária;
- Problemas para engolir e se alimentar;
- Dificuldades para compreender o que acontece ao redor;
- Deficiência motora;
- Comportamento inapropriado publicamente.
Na quarta fase (considerada terminal):
- Não reconhecimento dos familiares;
- Infecções constantes;
- Restrição ao leito;
- Mutismo.
Como é o tratamento da doença
Embora não tenha uma cura conhecida, o mal de Alzheimer tem um tratamento que busca amenizar os sintomas do paciente e retardar o agravamento da doença. Para essa terapia, o médico que acompanha o paciente pode indicar o uso de medicamentos, como Rivastigmina, Donepezila ou Memantina – indicados pelo psiquiatra ou neurologista.
Contudo, há também a necessidade de realização de terapias alternativas que buscam melhorar a mobilidade e qualidade de vida do paciente. Nesta parte podem se incluir a fisioterapia, terapia ocupacional e realização de atividades físicas mais leves. Além disso, os médicos também indicam a reeducação alimentar, com inclusão de alimentos ricos em vitamina C, E e ômega 3.
10 dicas para dormir melhor
Como você já sabe, o sono e o Alzheimer, embora não tenham uma relação de causador e consequência, estão correlacionados. Dessa forma, manter um sono de qualidade é uma boa forma de prevenção e amenização dos sintomas da doença. Por isso, para ajudar nesta parte, trouxemos algumas dicas de como dormir melhor, que podem ser valiosas para você. Confira:
- Adote horários de sono regulares;
- Diminua a exposição à luz durante a noite (principalmente de aparelhos eletrônicos);
- Evite o consumo de álcool antes de dormir constantemente;
- Não durma muito durante o dia;
- Faça refeições leves antes de se deitar;
- Adote formas alternativas de relaxamento, como a meditação;
- Tire um tempo para ler e relaxar a mente antes de dormir;
- Consuma alguns chás calmantes antes de dormir;
- Pratique exercícios físicos diariamente;
- Mantenha a temperatura agradável.
O que achou das nossas dicas? Esperamos que você tenha as achado úteis e que elas te ajudem a manter um sono mais saudável durante o dia a dia. Caso queira ficar por dentro de mais dicas de sono saudável, qualidade de vida, saúde respiratória e apneia do sono, continue acompanhando o nosso blog e confira diversas dicas – para isso basta clicar aqui agora mesmo!
Deixe um comentário