Cerca de 32,9% da população sofre de apneia do sono, uma condição muitas vezes subdiagnosticada, e que afeta gravemente a saúde e a qualidade de vida. De acordo com o estudo do Professor Sergio Tufik, publicado na revista Sleep Medice, a apneia obstrutiva do sono (AOS) é o tipo mais comum de distúrbio do sono, resultando na interrupção da respiração enquanto dormimos.
Mas o que é exatamente a apneia do sono e como ela pode afetar sua saúde? Neste artigo, vamos explorar os tipos de apneia, os sintomas, como o diagnóstico é feito com o exame do sono e como o tratamento com CPAP pode melhorar a qualidade do seu descanso. Boa leitura!
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O que é Apneia do Sono?
A apneia do sono é um distúrbio caracterizado por interrupções temporárias da respiração, o que leva à diminuição dos níveis de oxigênio do sangue. O tipo mais comum é a apneia obstrutiva do sono (AOS), que ocorre quando os músculos da garganta relaxam e bloqueiam a passagem de ar para os pulmões.
A AOS pode ocorrer várias vezes por noite, levando a breves despertares que fragmentam o sono e prejudicam a qualidade do descanso, um exame chamado polissonografia é realizado, monitorando os episódios de apneia e hipopneia.
Qual a diferença entre Apneia do Sono e Hipopneia?
Embora a apneia do sono e a hipopneia envolvam problemas respiratórios durante o sono, há uma diferença fundamental. A apneia refere-se à interrupção total da respiração, enquanto a hipopneia é caracterizada por uma redução parcial do fluxo de ar. Ambas as condições são monitoradas durante o exame do sono, um procedimento crucial para determinar o tipo e a gravidade do distúrbio. O diagnóstico detalhado ajuda a identificar a necessidade de tratamentos como o uso do CPAP.
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Conha os diferentes tipos de Apneia do Sono
A apneia do sono pode ser influenciada por uma combinação de fatores genéticos e anatômicos, sendo importante identificar o tipo para selecionar o tratamento mais eficiente, como, por exemplo, utilizar o CPAP ou dispositivos bi-níveis, que ajudam a restaurar o fluxo respiratório adequado para promover uma noite de sono reparadora.
Existem três tipos principais:
– Apneia Obstrutiva do Sono (AOS): A forma mais comum de apneia, a AOS ocorre quando os músculos da garganta relaxam excessivamente durante o sono, causando o bloqueio temporário das vias aéreas. Esse tipo pode estar associado a fatores genéticos, como uma predisposição a uma anatomia das vias respiratórias estreitas, e a condições como sobrepeso, amígdalas grandes ou outras obstruções anatômicas.
– Apneia Central do Sono: Menos comum que a AOS, essa apneia ocorre quando o cérebro não envia os sinais necessários para a respiração, resultando em uma interrupção respiratória. Geralmente, é associada a problemas neurológicos ou doenças cardíacas, e não a fatores anatômicos ou genéticos.
– Apneia Mista: Esta apneia combina características da obstrutiva e da central, ocorrendo quando ambos os tipos de disfunção são presentes, muitas vezes em sequência. Sua causa pode ser tanto genética quanto relacionada a fatores anatômicos e neurológicos.
Entenda o evento respiratório
Durante o sono, os músculos da garganta relaxam naturalmente, permitindo que o ar passe pelas vias respiratórias. Quando ocorre a apneia obstrutiva do sono, esses músculos relaxam de maneira excessiva, o que provoca o colapso da parte posterior da garganta e bloqueia o fluxo de ar. Esse bloqueio pode durar alguns segundos até um minuto ou mais, até que o cérebro detecte a falta de oxigênio e envie sinais para que a pessoa acorde momentaneamente e retome a respiração. Esse processo pode se repetir várias vezes durante a noite, prejudicando a qualidade do sono.

Durante esses episódios, o corpo pode lutar para retomar a respiração, o que pode resultar em roncos altos e sensação de sufocamento. Quando a pessoa acorda, ela não se lembra necessariamente dos episódios de apneia, mas pode experimentar sonolência diurna, cansaço e outros sintomas.
Além disso, a apneia do sono pode aumentar o risco de várias condições de saúde, como hipertensão, doenças cardíacas, diabete e AVC, devido à interrupção constante do fluxo de oxigênio no corpo. Se você suspeitar que possua a apneia do sono, é importante procurar um médico, pois o diagnóstico e o tratamento adequados podem melhorar a sua qualidade de vida e prevenir complicações.
Sintomas comuns da Apneia do Sono
Identificar os sintomas da apneia do sono pode ser desafiador, já que muitas pessoas não percebem os episódios de interrupção da respiração enquanto dormem. No entanto, existem alguns sinais e sintomas comuns que podem indicar a presença desse distúrbio. Aqui estão os principais:
– Roncos altos e frequentes: Um dos sintomas mais notáveis, os roncos são um sinal de que as vias respiratórias estão parcialmente bloqueadas durante o sono. Embora nem todos que roncam sofram de apneia, esse pode ser um dos primeiros sinais do distúrbio.
– Pausas na respiração: A principal característica da apneia do sono é a interrupção da respiração. Quem sofre com esse distúrbio pode parar de respirar por alguns segundos até minutos, várias vezes durante a noite. Isso geralmente é notado por quem compartilha a cama com a pessoa, que pode perceber os períodos de silêncio seguidos de um “sufocamento” e engasgos.
– Acordar com sensação de falta de ar: Durante os episódios de apneia, a pessoa pode acordar repentinamente com a sensação de não conseguir respirar, muitas vezes com falta de ar ou sufocamento. Isso pode ocorrer várias vezes ao longo da noite.
– Cansaço excessivo e sonolência diurna: Como o sono é interrompido frequentemente, a qualidade do descanso fica comprometida, resultando em fadiga, cansaço e sonolência excessiva durante o dia. A pessoa pode sentir dificuldades para se concentrar, além de um aumento na irritabilidade.
– Dores de cabeça matinais: A falta de oxigênio adequado durante o sono pode levar a dores de cabeça ao acordar. Isso ocorre devido à diminuição da oxigenação cerebral e ao esforço do corpo para se manter desperto.
– Dificuldade para se concentrar e lapsos de memória: A apneia do sono prejudica o funcionamento cognitivo devido à falta de sono reparador, o que pode levar a esquecimentos e dificuldade para se concentrar nas atividades diárias.
– Alterações no humor: O distúrbio pode impactar o humor, causando irritabilidade, ansiedade e até depressão. Isso ocorre porque o sono interrompido afeta os níveis de energia e bem-estar emocional.
– Secura ou dor na garganta ao acordar: Muitas pessoas que sofrem de apneia do sono respiram pela boca, enquanto dormem devido à obstrução das vias aéreas. Isso pode resultar em uma sensação de garganta seca ou dor ao acordar.
– Acordar várias vezes durante a noite para ir ao banheiro (noctúria): A interrupção constante do sono pode afetar a regulação hormonal, o que, em alguns casos, leva ao aumento da necessidade de urinar durante a noite.
Leia também: O que acontece se não tratar a apneia obstrutiva do sono?
Quando procurar um médico?
Se você ou alguém que você conhece apresentar vários desses sintomas de forma recorrente, é importante procurar um médico. Um diagnóstico precoce da apneia do sono pode ajudar a prevenir complicações como hipertensão, problemas cardíacos, AVC e diabetes, além de melhorar a qualidade do sono e a saúde geral.
O diagnóstico geralmente é feito através de um estudo do sono (polissonografia) em um laboratório especializado ou com o uso de aparelhos de monitoramento domiciliar. Com base no diagnóstico, o tratamento pode incluir mudanças no estilo de vida, uso de aparelhos respiratórios (como CPAP), terapias respiratórias ou, em alguns casos, cirurgia. Ao identificar os sintomas, é possível agir mais rapidamente e buscar as opções de tratamento, como os produtos voltados à terapia respiratória e oxigenoterapia, para garantir uma melhor qualidade de sono e saúde.
Saiba mais: O que é polissonografia?
Viva melhor com a CPAPS
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Fonte: Instituo do Sono