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  • Como adquirir um CPAP pelo SUS?

    Ao ser diagnosticado com apneia do sono, acaba surgindo a necessidade de realizar mudanças na rotina e nos hábitos. Além disso, dependendo do grau de severidade do distúrbio, o uso de um CPAP é indispensável. Nesse quesito, existem algumas formas para que você possa iniciar o seu tratamento: comprar, alugar, ou também adquirir o CPAP pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

    A apneia é considerada um distúrbio do sono muito comum no Brasil. Ela é caracterizada pelo ronco (causado pela obstrução das vias respiratórias ao dormir) e a sonolência excessiva durante o dia, sendo fortes indícios de que há algum problema afetando o sono do indivíduo. Estima-se que, em média, 2 milhões de novos casos sejam diagnosticados por ano, que exigem auxílio médico, um diagnóstico preciso e exames laboratoriais (ou de imagem) com frequência para o acompanhamento do paciente.

    Neste cenário, o problema afeta cerca de 24% da população do sexo masculino, contra 9% do sexo feminino. E, por ser um distúrbio que afeta diretamente a vida do paciente (sua performance no trabalho, nos estudos e até mesmo desgasta o relacionamento com familiares), o tratamento é essencial para manter a rotina sem transtornos.

    Adquirir um CPAP pelo SUS é o direito de todo brasileiro que foi diagnosticado com apneia do sono. Muitas pessoas precisam adquirir um CPAP pelo SUS, mas poucos sabem como iniciar o processo para ter todo o tratamento pela rede pública de saúde.

    Apesar da segurança e eficácia comprovada, o tratamento exige um investimento, além de um certo custo para manutenção – entre exames, consultas e equipamentos – já é gasto um valor considerável, e, sem outra alternativa, muitas pessoas precisam adquirir o CPAP pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Nesse post, a CPAPS explica mais sobre esse processo, e os desafios de conseguir o dispositivo CPAP. Confira!

    5 passos para adquirir CPAP pelo SUS

    Agende sua consulta pelo SUS

    Para dar início ao processo, é necessário realizar uma primeira consulta no Sistema Único de Saúde. A prefeitura de cada município faz o gerenciamento das unidades, e mapeia a área de atuação em cada bairro ou região, o que ajudará na sua busca por uma vaga de atendimento.

    Para isso, você pode solicitar um agendamento por meio de aplicativos, o site do seu município (ou seja, da prefeitura), ou indo diretamente na unidade básica de saúde (o posto de saúde) próximo da sua casa. Reserve o seu cartão do SUS e leve documentos de identificação e comprovante de residência (conta de luz, água ou telefone).

    Primeira consulta com clínico geral

    Seu primeiro contato com um médico pelo SUS será a partir de um clínico geral. Ele será sua porta de entrada para outras especialidades, por isso, você deve relatar a ele tudo o que está sentindo e o motivo de suspeitar da apneia do sono: ronco, sonolência excessiva durante o dia, dificuldade de concentração, aumento de peso… Você pode conferir quais sintomas se encaixam a partir desse conteúdo aqui, onde explicamos sobre o assunto!

    O clínico geral costuma captar outras informações, além dos sintomas do paciente. Sendo assim, não estranhe caso ele pergunte o histórico familiar, ou investigue mais a fundo se você possui alguma comorbidade (como diabetes, hipertensão, etc) e perguntar sobre o seu estilo de vida.

    Ao final da consulta, o médico poderá fornecer um documento de encaminhamento para a central de especialidades. Então, o sistema irá realizar um agendamento para o médico do sono. Esse médico poderá ser um pneumologista, otorrinolaringologista ou neurologista.

    Primeira consulta com médico especialista

    Nesta segunda fase, o médico especialista fará uma avaliação mais aprofundada do seu problema. É possível que ele revise as informações repassadas na consulta anterior (já que esses dados ficam registrados no sistema, e, assim, todos os médicos terão acesso ao histórico do paciente). Você pode destacar caso algum sintoma tenha se agravado ou amenizado desde a visita ao clínico geral.

    Então, o médico do sono verificará os sintomas da apneia do sono. Para isso, será necessário realizar o exame de polissonografia. Conhecida como o “exame do sono”, esse exame é responsável por colher informações importantes do seu padrão do sono, como suas atividades cerebrais, respiratórias e cardiológicas. 

    Agendamento e realização da polissonografia

    A polissonografia pelo SUS precisará ser feita no hospital do SUS que disponibilizará o recurso em sua região. É válido ressaltar que os pacientes do sistema público de saúde não conseguem realizar agendamento por conta própria. Dessa forma, você será indicado de acordo com a data com a vaga a ser preenchida.

    É importante frisar que o tempo de espera pelo SUS para realização desse exame pode levar meses, o que leva muitos a optarem por pagar para realizar o exame em uma clínica ou laboratório particular. 

    O exame de polissonografia é indolor e precisará ser feito durante uma noite inteira, e o paciente irá dormir no hospital (em uma sala reservada). Você pode conferir mais informações sobre como se preparar para esse exame nesse artigo!

    Colhendo o resultado da polissonografia

    Com o resultado em mãos, o paciente deverá retornar ao médico especialista que atendeu pelo SUS e indicar o melhor tratamento. Ao prescrever um dispositivo, o profissional poderá dar entrada de solicitação de CPAP conforme a prescrição médica, junto ao hospital ou Centro Regional de Especialidades da região.

    Vale a pena adquirir um CPAP pelo SUS?

    A resposta para essa questão depende da gravidade do problema, e também da disponibilidade de cada região

    O tempo de espera pelo SUS pode levar meses e até anos, tanto para a realização da polissonografia, quanto para a solicitação do dispositivo. E, como sempre falamos por aqui, a apneia do sono não tratada traz riscos para o indivíduo.

    “Se não for tratada, a apneia do sono pode gerar inúmeros malefícios para a saúde, entre eles o aumento da pressão arterial, além de doenças ligadas ao coração, como hipertensão arterial, infarto e insuficiência cardíaca”, explica Eduardo Patarta, fisioterapeuta e especialista da CPAPS.

    Em caso de demora ou de urgência no tratamento da apneia do sono, o indicado é que o indivíduo procure por uma loja que ele possa comprar CPAP de forma segura e com boas condições de pagamento. Clique aqui e saiba mais sobre o custo benefício de alugar ou comprar CPAP!

  • Entenda a relação entre anemia falciforme e apneia do sono

    Se você sofre de apneia do sono ou conhece alguém que tem, provavelmente já ouviu falar sobre as causas mais comuns, como obesidade, álcool e tabagismo. Mas você sabia que a anemia falciforme também pode contribuir para esse distúrbio respiratório? Esse problema de saúde pode agravar a qualidade do sono, tornando o paciente mais suscetível à apneia e outras complicações respiratórias.

    A anemia falciforme afeta as células vermelhas do sangue e pode prejudicar a respiração, resultando em dificuldades durante o sono. Quer saber como isso acontece e como melhorar a sua qualidade de vida? Descubra agora com a CPAPS, a relação entre essas condições e como um tratamento adequado pode fazer toda a diferença. Boa leitura!

    Leia também: 7 sintomas que podem apontar apneia do sono

    O que é anemia falciforme?

    A anemia falciforme é uma doença genética que afeta a forma dos glóbulos vermelhos do sangue. Em vez de terem a forma arredondada e flexível necessária para circular pelo corpo com facilidade, essas células se tornam rígidas e assumem a forma de uma foice – daí o nome “falciforme”. Essa alteração faz com que as células sejam mais suscetíveis à quebra, o que resulta em uma redução de glóbulos vermelhos saudáveis, causando anemia e obstrução no fluxo sanguíneo.

    Principais sintomas da anemia falciforme:

    • Pele pálida ou amarelada
    • Cansaço excessivo
    • Crises de dor
    • Infecções recorrentes
    • Sobrecarga de ferro nos órgãos

    Leia também: Fumar antes de dormir prejudica a qualidade do sono

    Anemia Falciforme: Causas, Sintomas e Tratamentos Disponíveis

    A anemia falciforme é uma doença genética rara que afeta principalmente pessoas com ascendência africana. Ao contrário da anemia comum, que é causada pela falta de ferro e pode ser tratada com suplementos ou mudanças alimentares, a anemia falciforme resulta na alteração das células sanguíneas. Os glóbulos vermelhos, que normalmente são arredondados e flexíveis, tornam-se rígidos e com formato de foice, o que prejudica o transporte adequado de oxigênio e pode levar à morte prematura dessas células.

    Essa deficiência pode causar uma série de complicações graves, como problemas neurológicos, insuficiência nos rins, pulmões e olhos, além de danos aos órgãos devido ao acúmulo de ferro. A doença também pode resultar em hipóxia (falta de oxigênio nas células), que compromete ainda mais a saúde do paciente, afetando sua qualidade de vida e expectativa de vida.

    Simulação feita em modelo 3D representando glóbulos vermelhos com anemia falciforme
    Exemplo de formação de glóbulos vermelhos de alguém com anemia falciforme

    Leia também: Apneia do sono pode ser causada pela obesidade?

    Como isso afeta a respiração?

    A anemia falciforme não afeta apenas a produção de glóbulos vermelhos, mas também pode comprometer a capacidade do corpo de transportar oxigênio para órgãos e tecidos. A hemoglobina, presente nos glóbulos vermelhos, é responsável por essa tarefa essencial, mas quando sua função é prejudicada, o corpo sofre com a hipóxia — a falta de oxigênio nas células. Isso pode levar a sérias complicações, como insuficiência cardíaca, respiratória e até mesmo acidente vascular cerebral (AVC).

    A deficiência de oxigênio pode prejudicar gravemente a qualidade de vida do paciente, aumentando o risco de problemas respiratórios e de saúde em geral. Quando o oxigênio não chega adequadamente aos tecidos, o corpo começa a sofrer consequências que podem ser debilitantes a longo prazo. A apneia do sono é uma dessas complicações que pode surgir, como veremos a seguir.

    Leia também: Falta de oxigênio: causas, consequências e tratamento

    A Relação Entre Anemia Falciforme e Apneia do Sono

    Estudos apontam que pessoas com anemia falciforme têm maior risco de desenvolver apneia do sono. De acordo com um artigo publicado na Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, essa doença pode causar disfunções respiratórias devido à insuficiência das vias aéreas, o que torna mais difícil a passagem do ar durante o sono. Esse esforço respiratório adicional pode resultar em ronco e interrupções no sono, características comuns da apneia.

    Além de causar sonolência diurna e cansaço excessivo, a apneia do sono pode impactar negativamente o bem-estar do paciente, comprometendo seu rendimento profissional, acadêmico e até mesmo seus relacionamentos. Para controlar esse distúrbio, o uso de dispositivos como o CPAP (aparelho de ventilação mecânica) pode ser eficaz, mantendo as vias respiratórias abertas e ajudando o paciente a respirar melhor durante o sono. Esse aparelho também pode ser utilizado como parte do tratamento de oxigenoterapia, beneficiando pacientes que necessitam de oxigênio suplementar devido à anemia falciforme.

    Leia também: Oxigenoterapia domiciliar: 3 dúvidas mais comuns

    Tratamentos e Gerenciamento da Anemia Falciforme

    Embora a anemia falciforme não tenha cura definitiva, existem tratamentos que ajudam a gerenciar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. A doença exige acompanhamento médico contínuo, com visitas regulares ao médico e exames para avaliar a evolução do quadro.

    Os tratamentos podem incluir medicação contínua, que o paciente deve seguir ao longo da vida para controlar os sintomas, além de procedimentos mais complexos em casos graves. Um dos tratamentos mais agressivos é o transplante de medula óssea, indicado para os quadros mais graves da doença. De acordo com o Conselho Federal de Farmácia, esse procedimento tem uma taxa de cura de até 95%, mas é considerado arriscado, pois envolve a destruição da medula óssea do paciente por meio de quimioterapia, seguida pela doação de medula óssea saudável.

    Embora o transplante seja uma opção para alguns pacientes, ele é recomendado apenas para os casos mais severos, devido aos riscos envolvidos. Por isso, o tratamento geralmente foca em medicamentos para alívio dos sintomas e estratégias para melhorar a saúde geral e a qualidade do sono, já que a anemia falciforme pode também causar distúrbios respiratórios como a apneia do sono.

    Durma melhor com a CPAPS!

    O que acha de descobrir novas maneiras de cuidar da sua saúde todos os dias? A CPAPS é referência no tratamento da apneia do sono e tem um blog com dicas diárias para cuidar do seu bem-estar como um todo!

    Tenha acesso a conteúdos exclusivos, que trazem novidades e tendências relevantes sobre qualidade do sono e qualidade de vida! Conheça as principais notícias do nosso blog para se atualizar!

    Aproveite alguns conteúdos que podem ser do seu interesse!

    Deficiência de vitaminas pode provocar insônia

    Trabalhar na cama: uma prática confortável ou prejudicial?

    Fontes: Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e Conselho Federal de Farmácia

  • Saiba como a sonoendoscopia ajuda a diagnosticar apneia

    Se você acompanha o blog da CPAPS, sabe que constantemente falamos sobre como a polissonografia é o exame fundamental para diagnosticar com precisão a apneia do sono. Em outro artigo, que você pode conferir aqui, citamos a importância do teste das latências múltiplas do sono para identificar as causas da sonolência diurna. Mas e a sonoendoscopia?

    A sonoendoscopia é, assim como a polissonografia, um tipo de exame que auxilia na identificação de distúrbios do sono, como o ronco e a apneia obstrutiva do sono. E, ainda que o ronco possa ser um sintoma à parte, sem necessariamente estar interligado à apneia, na maioria dos casos, um problema acompanha o outro. Dessa maneira, a sonoendoscopia serve como um exame complementar aos outros, para um diagnóstico mais preciso.

    + O que é polissonografia para titulação?

    Como é feita a sonoendoscopia

    A sonoendoscopia é um exame que, como citado anteriormente, é realizado junto com a polissonografia. Mas, enquanto um exame tem o objetivo de analisar as frequências cardíacas, cerebrais e respiratórias do paciente, o outro ocorre a partir da sedação do indivíduo.

    Sendo assim, a sonoendoscopia acontece com o paciente em um “sono induzido”, no qual o relaxamento muscular é mais completo e sem a chance de ser interrompido. E, semelhante a endoscopia tradicional (utilizada na gastroenterologia para avaliar o sistema digestivo), é utilizada uma pequena câmera introduzida no corpo pelo nariz.

    Segundo o Hospital Oswaldo Cruz, de São Paulo, esse exame tem como principal objetivo avaliar a vibração das vias aéreas e a obstrução da passagem do ar. E, por fim, é possível fazer um diagnóstico mais preciso da causa do ronco e da gravidade dele.

    Quando o procedimento é indicado

    O exame é realizado em momentos específicos no tratamento de um paciente com a síndrome da apneia. Em geral, existem 3 situações principais. São elas:

    • Avaliação pré-tratamento, para determinar qual será o tratamento do paciente com apneia (como, por exemplo, o uso de um CPAP ao dormir);
    • Avaliação pré-operatória, quando o paciente, por diferentes motivos (seja o peso excessivo, disfunções fisiológicas e anatômicas) necessita de intervenção cirúrgica para curar a apneia; e
    • Avaliação pós-operatória, após o procedimento cirúrgico, para analisar se houve progresso na melhora do quadro de apneia do sono.

    O exame não costuma ser longo, durando apenas 25 minutos, além de ser indolor ao paciente (embora sinta um pequeno desconforto no nariz). E, com essas imagens, o médico especialista pode avaliar e registrar os quadros de ronco e apneia, determinando a melhor forma de tratá-la.

    + CPAP: Qual o custo-benefício no tratamento da apneia do sono?

  • O que é o desvio no septo e como isso pode causar o ronco

    Você provavelmente já ouviu falar no desvio no septo. Esse é um problema comum no Brasil, e que, em geral, é crônico (ou seja, pode durar anos ou a vida toda). Por ser algo que pode ser herdado geneticamente (por meio do DNA e histórico familiar), muitas das vezes, a pessoa com esse transtorno só é diagnosticada na fase adulta da vida. 

    No entanto, o desvio no septo é um verdadeiro incômodo até para as crianças já que, por ter as vias aéreas nasais irregulares, a respiração pode ficar comprometida. Em alguns casos, há relatos de hemorragias nasais e ruídos durante o sono, o que pode incomodar tanto a pessoa que tem o problema, quanto as pessoas que convivem com ela.

    E, assim como a apneia do sono, o desvio no septo também pode ser uma das principais causas do ronco, uma vez que o congestionamento nasal e a obstrução das vias dificultam a passagem do ar que é inalado. Quer entender mais? A CPAPS explica a seguir!

    Como é feito o diagnóstico do desvio no septo

    O desvio no septo nasal é caracterizado, como citado anteriormente, por uma má formação das vias respiratórias. Além da possibilidade nascer com o desvio, ele também pode ser adquirido durante a vida, como por meio de uma lesão ou acidente, ou por meio de procedimentos estéticos mal sucedidos.

    O septo nasal é definido pela parede de osso e cartilagem, dentro do nariz, que separa uma narina da outra. Quando há o desvio, o paciente costuma enfrentar problemas com a respiração, como o ronco, congestionamentos nasais frequentes e até cefaléia.

    Dependendo do grau do desvio, é possível que a pessoa viva a vida inteira sem saber que ele existe. No entanto, poucos são esses casos. Em geral, quem lida com isso busca ajuda médica para tratar os sintomas de dores de cabeça intensas, sinusites, rinites e outros problemas, como dificuldades em distinguir cheiros e sabores, por exemplo.

    + Polissonografia: o exame que vai ajudar a melhorar seu sono

    Imagem contra plongé exemplificando desvio de septo em mulher
    Exemplo de desvio no septo nasal, que pode ser corrigido por meio de intervenção cirúrgica: a septoplastia

    Relação com apneia do sono

    Por causar o ronco, o desvio no septo pode ocasionar outros tipos de distúrbio do sono. Uma delas é a apneia do sono, que prejudica a qualidade de vida do paciente, com implicações não somente ao dormir, mas em todos os setores do seu cotidiano.

    Segundo especialistas, pessoas com obstruções das vias respiratórias (seja o desvio, adenoidite e outros transtornos), estão mais propensas a desenvolver a apneia obstrutiva do sono.

    Isso ocorre porque, com a alteração anatômica, o ar tem dificuldade de entrar e chegar até os pulmões, causando as interrupções na respiração e episódios de apneia. 

    De acordo com a Fundação de Otorrinolaringologia, o ronco nem sempre está atrelado a apneia (sendo considerado “primário”), existindo sem ser a causa da doença. Mas, na maioria dos casos, o sintoma acompanha o distúrbio. Por isso, se o paciente roncar e sentir mais sonolência que o usual, deve-se diagnosticar a possibilidade de ser apneia do sono.

    Com isso, se o paciente lidar com a apneia do sono por conta do desvio no septo, o médico especialista recomendará a cirurgia para a correção ou, como outra medida, a utilização de aparelhos de auxílio na terapia respiratória. E, por fim, a utilização de um CPAP pode sanar o problema. Você pode ler mais sobre isso nesse artigo aqui, onde comentamos detalhes a respeito!

    Leia também: Plano de saúde fornece CPAP?

  • Ronco atrapalha a sua saúde e até seu relacionamento

    O sono é essencial para manter uma rotina saudável, melhorando nossa capacidade cognitiva e mantendo nosso organismo funcionando como deveria. E quem não gosta de dormir junto de seu amor? Além de trazer a sensação de aconchego e segurança, dormir ao lado de quem amamos é fundamental para estreitar os laços. Mas, quando um dos dois sofre com ronco, o resultado não é nada bom. Com o tempo, e dependendo da gravidade, o ronco pode ocasionar, inclusive, no rompimento do relacionamento. Quer entender mais sobre isso? A CPAPS explica!

    Como o ronco e o relacionamento estão interligados

    O hábito de dormir junto é comum para pessoas em um relacionamento. Ainda que possa ser complicado dividir a cama no início, com o tempo, nós nos acostumamos em estar na presença do outro, trazendo a sensação de conforto e companheirismo.

    Segundo especialistas, casais que dormem juntos conseguem aumentar em até 10% a duração da fase REM, o que favorece o descanso profundo. Com isso, os sistemas de cognição, memória, emocional e até mesmo criativo são beneficiados.

    Esse fenômeno ocorre porque, quanto mais dormimos com alguém, mais sincronizado nosso sono fica com aquela pessoa. O convívio é capaz de regular o organismo em diversos outros fatores, como o sistema imunológico, o estresse e até mesmo a flora intestinal. 

    + Você sabe quais são as fases do sono? Conheça!

    Ter um sono saudável ao lado de quem amamos também ajuda no estreitamento dos laços. Essa é a mesma observação semelhante feita, por exemplo, quando dormimos com nossos pets, onde até mesmo as respirações e batimentos cardíacos ficam sincronizados. Explicamos mais sobre isso nesse post aqui.

    Entretanto, nem tudo são flores. Pesquisadores da Universidade da Califórnia descobriram que o sono perturbado afeta as pessoas de várias formas, inclusive suas capacidades de conduzir um relacionamento. Voluntários do estudo que dormiam mal relataram mais conflitos no dia a dia com os parceiros.

    Uma explicação para isso seria o fato de que, ao dormirmos, nossos níveis de cortisol (hormônio que regula o estresse) podem ser alterados. Quando temos boas noites de sono, ele é diminuído. Quando temos problemas para dormir, como insônia, ou apneia do sono, a tendência é que esse nível aumente.

    Por conta disso, pessoas que dormem mal estão mais dispostas a se estressar em situações mais corriqueiras do dia a dia. E, quando convivemos diariamente com outra pessoa, isso pode desgastar o relacionamento.

    Além disso, outro problema enfrentado por muitos casais é o ronco. Ele acomete, principalmente, indivíduos do sexo masculino ou pessoas acima do peso (você pode entender porque é mais frequente em homens do que em mulheres nesse conteúdo aqui).

    Dormindo em camas separadas

    De acordo com uma pesquisa realizada pela British Lung Foundation, uma em cada três pessoas perde o equivalente a 23 dias de sono por ano, graças ao ronco do parceiro ou parceira. Outro estudo, feito com 500 pessoas pela One Poll, mostrou que o ronco prejudica 30% das relações sexuais e 46,4% dos homens sentem vergonha por roncar.

    Por fim, em cada cinco voluntários de ambos os sexos relataram que o ronco afeta a vida íntima do casal e quase um terço, entre 45 e 54 anos, admitiu que o distúrbio arruinou o sexo no relacionamento.

    Algumas das soluções encontradas por casais que lidam com um parceiro roncando é, inicialmente, dormir em camas ou ambientes separados. Ainda que seja uma medida paliativa (ou seja, não resolve a causa do problema, e sim o seu sintoma), pode funcionar. Entretanto, com o tempo, é comum que o casal acabe se distanciando por conta da rotina e por não terem mais o momento de dormir como algo em comum.

    Então, não tendo outra opção (e muitas das vezes por não reconhecerem o ronco como problema de saúde a ser avaliado por um médico), esses casais optam por romper o relacionamento. Em uma pesquisa feita pelo jornal Daily Mail, da Inglaterra, foi constatado que, atualmente, o ronco é a terceira maior causa de divórcios. O problema perde apenas para causas financeiras e infidelidade, o que demonstra o quão sério é para esses casais quando um parceiro ou parceira tem o ronco como característica ao dormir. 

    Existe cura para o ronco (e para o relacionamento!)

    Se o ronco atrapalha o sono e é um problema para o seu relacionamento, saiba que você não precisa se mudar para uma casa com um quarto a mais, e nem cogitar terminar. Uma simples visita a um médico especialista pode reverter o caso e, então, indicar a solução verdadeira para isso.

    O ronco, causado pelo estreitamento das vias aéreas durante o sono, seja devido a posição em que você dorme (decúbito dorsal/de costas), ou relaxamento e flacidez dos músculos da garganta, ainda não tem cura. Mas, para quadros mais leves, existem cirurgias e tratamentos que podem corrigir o causador do ronco e, assim, exterminá-lo.

    O ronco ainda pode ser um sintoma da apneia do sono, uma síndrome grave que afeta a qualidade do sono e a saúde, provocando obesidade, complicações cardíacas e, inclusive, diabetes. Entenda mais nesse artigo que publicamos.

    Confira alguns feedbacks:

    “Minha esposa adorou o equipamento, pois hoje ela consegue dormir em paz”, contou José I. O., cliente da CPAPS.

    “Eu uso CPAP há 8 anos. As pessoas em minha volta conseguem dormir, pois eu não ronco mais. E tenho um sono maravilhoso, é tudo de bom!”, comentou Ismael B.

    CPAPS no seu tratamento

    Os aparelhos CPAP tem como função de tratar a apneia do sono, ele ajuda a evitar o ronco e impede a obstrução das vias aéreas através de um fluxo de ar proporcionando ao paciente um sono mais saudável. Para encontrar mais produtos voltados para os cuidados com a apneia do sono. Clique aqui e conheça a nossa loja online!

    Referências: El País, Super Interessante.

  • A cirurgia bariátrica pode melhorar a apneia do sono?

    A obesidade é encarada como um problema de saúde no Brasil. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde coletados em 2019, uma em cada 4 pessoas maiores de 18 anos é obesa. Esse número é equivalente a 41 milhões de brasileiros, enquanto o sobrepeso corresponde a 96 milhões de pessoas no país. Nesses casos, quando avaliados individualmente por um médico especializado, é possível reverter o quadro a partir da cirurgia bariátrica.

    O método, no entanto, não é indicado em qualquer caso. Sendo assim, só porque você está com alguns “quilinhos a mais”, não significa que está apto para passar por uma cirurgia bariátrica. Ela também não é recomendada como forma de perda de peso rápida, já que envolve riscos de complicações e um pós-operatório que exige uma série de cuidados. 

    Porém, a cirurgia bariátrica pode ser uma opção para frear a apneia do sono, que costuma acometer mais os indivíduos que lidam com o sobrepeso ou a obesidade. Para entender mais sobre isso, a CPAPS separou tudo o que você precisa saber a respeito do assunto (e, se for o seu caso, o que é necessário fazer para garantir sucesso no tratamento).

    Leia também: Apneia do sono pode matar? Entenda como a doença pode ser fatal

    O que é a cirurgia bariátrica

    Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), esse tipo de procedimento, popularmente conhecido como “redução de estômago”, é destinado para o tratamento da obesidade mórbida ou obesidade grave. 

    Além disso, a cirurgia bariátrica é um amparo para tratamento de outras doenças associadas ao excesso de gordura corporal ou agravadas por esse motivo. Alguns exemplos são a hipertensão, a diabetes, dentre outros transtornos endocrinológicos.

    A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), por sua vez, explica que a obesidade é diagnosticada por meio do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). Para essa pequena fórmula, são levados em consideração o peso (Kg) dividido pela altura (metros) elevada ao quadrado. 

    Para conseguir definir os níveis de sobrepeso e obesidade, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou um parâmetro que é seguido de forma universal. Sendo assim, quando o resultado fica entre 18,5 e 24,9 kg/m², o peso é considerado dentro da normalidade. Já entre 25 e 29,9kg/m², entra na categoria de sobrepeso. Acima disso, a pessoa passa a ser considerada obesa.

    No Brasil, a cirurgia bariátrica pode ser realizada em pessoas com idades entre 16 e 59 anos. Dessa forma, o paciente precisa preencher alguns requisitos. São eles:

    • IMC igual ou superior a 50kg/m²;
    • IMC igual ou superior a 40kg/m², quando o paciente não consegue perder peso ainda que tenha acompanhamento médico e nutricional nos últimos 2 anos; e
    • IMC igual ou superior a 35kg/m², cujo paciente apresenta doenças cardiovasculares graves, como hipertensão, ou diabetes descontrolada e colesterol alto (como a síndrome metabólica).

    Causas da obesidade

    Em geral, a obesidade está muito atrelada com a alimentação desregulada ou excessiva. Como sempre citamos no blog da CPAPS, o ideal é que sempre busquemos maneiras equilibradas de consumir carboidratos, frituras, dentre outras guloseimas que tanto amamos, como doces e chocolates

    O Hospital Israelita Albert Einstein alerta que, quando há abundância de alimentos e baixa atividade energética, existe o acúmulo de gordura. Isso significa que, para que possamos “gastar” toda a energia que consumimos por meio dos alimentos, o ideal é que estejamos, também, em constante atividade física.

    Os exercícios e a luta contra o sedentarismo são as formas mais eficazes de evitar a obesidade por essa causa. Mas não esqueça que, assim como a alimentação, os exercícios também devem ser feitos com disciplina e não deliberadamente, para não haver o risco de contusões e outros problemas. Busque sempre um especialista para te orientar, tanto para garantir sua nutrição, quanto o bem-estar físico. Explicamos mais sobre isso nesse artigo aqui!

    No entanto, o sedentarismo não é a única causa para a obesidade. Fatores genéticos (como a predisposição no ganho de peso, herdado de família), transtornos hormonais (como o hipotireoidismo) e até emocionais (como ansiedade e depressão) podem desencadear o aumento da massa corpórea.

    + Existem cirurgias para apneia do sono?

    Por isso, antes de cogitar qualquer dieta ou mudança na rotina, realize um check-up para avaliar suas necessidades. Com isso, você ganhará mais qualidade de vida e poderá descobrir a causa exata para um aumento de peso repentino, ou maior apetite, por exemplo, tratando o problema da forma correta!

    Qual a relação entre obesidade e apneia do sono?

    Como você leu até aqui, já deve ter entendido que a obesidade pode causar diferentes problemas de saúde. E, algo que está muito relacionado com isso é a apneia do sono, um dos distúrbios do sono mais comuns em pessoas que estão fora do peso normal.

    A apneia é caracterizada por paradas respiratórias durante o sono, quando a passagem de ar fica bloqueada e causa asfixias que duram de 10 a 40 segundos. Com o ar comprimido nas vias respiratórias, a pessoa que lida com a apneia do sono emite o som do ronco, um dos principais sintomas do distúrbio. Em alguns casos, esses episódios podem levar a pessoa à morte, conforme já explicamos nesse conteúdo.

    Cirurgia bariátrica sendo realizada por dois médicos especialistas
    Cirurgia bariátrica pode ser a solução para pacientes com apneia do sono

    De maneira resumida, a obesidade é uma causa para a apneia (já que as paredes da garganta e a língua possuem mais acúmulo de gordura, comprimindo as vias). Mas, ao mesmo tempo, a apneia também pode ser uma causa para a obesidade, já que, por roncar (e, consequentemente, ter uma má qualidade do sono ao dormir por conta disso), a pessoa precisa repor as energias não adquiridas durante o repouso. A forma mais fácil de fazer isso é por meio da alimentação, um dos meios mais comuns de se obter energia. Ou seja, é um sistema retroalimentado.

    É por esse motivo que, inclusive, tendemos a nos alimentar de comidas mais calóricas quando estamos mais cansados, ou, por exemplo, quando estamos no inverno. É uma maneira que o organismo encontra de obter energia sem muito esforço, e guardar essa energia para não precisar dormir em um horário inadequado.

    Quem tem apneia pode fazer cirurgia bariátrica?

    Por ser uma forma de tratar os dois problemas de uma só vez, quem tem apneia do sono pode passar pelo procedimento. Isto é, claro, se todas as outras alternativas (como a perda de peso natural e mudança de hábitos, citados anteriormente) não surtirem efeito.

    Somente o médico poderá indicar se o paciente pode ou não se submeter à cirurgia. Para isso, são realizados exames, como medição da pressão, dos níveis hormonais, da massa corporal do paciente e, especialmente, o grau da apneia do sono o qual ele enfrenta.

    Então, um paciente com apneia pode ser submetido a uma cirurgia bariátrica para que perca peso, já que isso é de grande influência para a apneia. Mas, também, é possível que, ainda com o peso ideal, ele tenha episódios de apneia.

    Por isso, é possível que, mesmo com o peso ideal, a pessoa, após a cirurgia, continue enfrentando episódios de apneia. Muitos pacientes relatam a cura do distúrbio a partir da perda de peso, no entanto, não são exatamente uma regra, uma vez que a apneia também tem como causas a fisiologia e anatomia de cada um.

    Você tem apneia do sono? Faça agora o Teste do Sono e descubra!

  • RECALL PHILIPS: Saiba como resolver

    Quem realiza terapia respiratória e tratamentos para a apneia do sono, precisa ter por perto um respirador mecânico. Nesse aspecto, os dispositivos para Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas (CPAP) se tornam essenciais. No entanto, nos últimos dias, a Philips Respironics forneceu uma importante atualização para resolver alguns problemas identificados em seus aparelhos.

    Problemas com a espuma interna dos dispositivos médicos

    Em 26 de abril de 2021, a Philips identificou nos Estados Unidos, com ajuda de usuários, problemas em alguns produtos de cuidados respiratórios e do sono. Com isso, foi constatado um componente da espuma de redução de som, prejudicial para o paciente quando inalada.

    A Philips identificou os possíveis riscos para a saúde relacionados a esse componente, utilizado em CPAPs, BiPAPs e outros ventiladores mecânicos. Feita de poliuretano à base de poliéster, essa espuma é colocada no aparelho para amortecer a vibração e o som dos aparelhos durante o funcionamento.

    Um dos principais riscos para os pacientes inclui a exposição às partículas deterioradas dessa espuma, além da emissão de substâncias químicas pelo material da mesma. Uma das razões levantadas para explicar essa deterioração da espuma está no uso de métodos de limpeza não aprovados, e fatores envolvendo altas temperaturas e alto teor de umidade (relativo ao ambiente, e não ao produto).

    É válido ressaltar que a inalação constante dessa espuma pode desencadear possíveis lesões no trato respiratório, com sintomas e complicações que podem ser prejudiciais e causar danos permanentes no paciente.

    Notificações de segurança e troca

    A Philips Respironics, além de realizar a manutenção e a troca dos aparelhos, também faz recomendações quanto ao uso deles. Para dispositivos BiPAP e CPAP, o ideal é interromper o uso dos dispositivos e consultar um médico para determinar as opções mais adequadas para o tratamento contínuo, com base nos benefícios de prosseguir com a terapia e os possíveis riscos identificados.

    Para dispositivos de ventilação para suporte à vida, não se deve parar e nem alterar a terapia prescrita nos dispositivos de ventilação mecânica para a sustentação da vida afetada sem consultar os médicos. Nesse caso, deve ser usado um filtro bacteriológico na tubulação de acordo com as instruções de uso, reduzindo, assim, a exposição às partículas da espuma deteriorada.

    Como realizar a troca?

    Todo o processo de troca e manutenção será realizado pela própria Phillips, e você pode conferir todos os produtos que fazem parte deste recall clicando aqui. Dentre alguns dos aparelhos na lista de Recall da Philips, estão o CPAP DreamStation, BiPAP DreamStation e REMStar SE Auto.

    Caso você tenha um ventilador respiratório, CPAP ou BiPAP que faz parte dessa lista, entre em contato gratuitamente com o SAC da Philips Respironics pelo telefone 0800 707 6767, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

    Outra opção para ventiladores mecânicos de suporte à vida é realizar o cadastro para reembolso ou reparo do produto (mediante a inclusão do filtro de barreira até que a troca da espuma esteja disponível no Brasil).

    Importante!

    A equipe da Phillips Respironics  está prontamente à disposição para quaisquer esclarecimentos e dúvidas que possam surgir durante o processo, e você pode conferir todos os detalhes ou entrar em contato por meio do site www.philips.com/SRC-update.

    As informações deste conteúdo estão atualizadas desde o ultimo pronunciamento oficial da Philips Respironics na data 21/06/2021. Toda e qualquer atualização futura você encontrará no site oficial da Philips clicando aqui!

  • Fumar antes de dormir prejudica a qualidade do sono

    Para quem faz o consumo de cigarro, pode ser comum fumar antes de dormir. Mas, além de problemas a longo prazo, o cigarro representa problemas na qualidade do sono, ainda que essas duas coisas não pareçam estar relacionadas. 

    Para entender mais sobre isso, a CPAPS irá explicar nesse post tudo o que sabemos e como você pode vencer esse problema.

    Como fumar antes de dormir pode impactar a rotina?

    Ainda que atualmente seja de conhecimento geral as consequências desse hábito (como o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e respiratórios), o cigarro ainda se faz presente na vida de muitas pessoas. 

    Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se que 9,8% dos brasileiros, aproximadamente 22 milhões de pessoas, sejam dependentes no país. Dentre esses, os homens estão em maior quantidade: são 12,4% dos fumantes, enquanto as mulheres estão entre 7,7%. 

    A nicotina, presente no cigarro, é a principal responsável por essa dependência. Encontrada em todos os derivados do tabaco, ela é uma substância psicoativa, o que resulta na sensação de prazer quando consumida através do trago.

    No entanto, a partir da primeira vez que é inalada, o cérebro se adapta e começa a necessitar de doses maiores (ou seja, maior frequência) para atingir o mesmo nível de satisfação inicial. Por conta disso, a pessoa que fuma passa a ter tolerância maior, sentindo a vontade de consumir mais para obter o prazer.

    Além de representar um risco a médio e longo prazo, como problemas cardiovasculares e respiratórios, o cigarro também causa a invalidez e até mesmo a morte.

    Dado que o hábito é capaz de desenvolver câncer, embolia pulmonar, bronquites e outras doenças, o nível de oxigenação no sangue também é comprometido. E, com isso, o organismo fica debilitado, podendo até mesmo resultar na falência múltipla dos órgãos.

    Quando se fala no sono, a nicotina é considerada um estimulante, assim como outras substâncias, como a cafeína. Dessa forma, é muito comum que o fumante encontre problemas para dormir (pegar no sono) e também para se manter dormindo, enfrentando episódios de insônia.

    Isso ocorre porque, enquanto dormimos, o cérebro continua em atividade, ainda que de forma mais lenta. Mas, para um fumante, as horas que estamos dormindo podem ser encaradas como uma crise de abstinência. Com isso, a pessoa acaba acordando no meio da noite, perdendo o sono e, então, encontrando no cigarro uma forma de relaxar novamente.

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    O hábito de fumar antes de dormir pode resultar na insônia, já que o período em que dormimos é encarado pelo cérebro como abstinência para o cérebro

    Relação do cigarro com a apneia do sono

    Para além dos problemas de dormir e manter o sono, o tabagismo pode, também, favorecer o surgimento de outras doenças que prejudicam o período do descanso. A mais comum delas é a apneia do sono.

    Especialistas afirmam que as pessoas que fumam por mais tempo possuem um risco de desenvolver o grau mais severo da apneia do sono, um distúrbio do sono. Essa possibilidade está atrelada ao fato de que, por conta do cigarro, as vias aéreas ficam inflamadas e, a longo prazo, os músculos da garganta (laringe e faringe) perdem a elasticidade, aumentando os episódios de ronco, causando a asfixia do paciente. 

    Segundo um estudo de revisão publicado na revista científica da Universidade de São Paulo (USP), os fumantes possuem até três vezes mais chances de desenvolver a apneia do sono, comparando com pessoas não-fumantes. Em média, a prevalência é de 35%, contra 18%, respectivamente. 

    Como parar de fumar?

    Embora parar de fumar seja uma resposta quase óbvia para reduzir as consequências à saúde, essa não é uma tarefa fácil, e exige força de vontade. É necessário ter em mente que, assim como outras dependências, a mudança de hábitos deve ser acompanhada por médicos especialistas, além de contar com todo o suporte e apoio psicológico. O círculo social, como família e amigos, também são de suma importância para que o fumante vença o vício.

    Algumas medidas podem ser tomadas para diminuir os impactos do cigarro sobre o sono, como, por exemplo, evitar o fumo ao menos três horas antes de dormir. A prática de exercícios físicos e da meditação também são recomendadas, de forma que a pessoa encontre em outras atividades o mesmo prazer que obteria fumando.

    Além disso, podem ser colocadas em prática medidas como:

    • Não combinar o cigarro com outras substâncias, como o álcool, antes de dormir;
    • Evitar alimentos ricos em gordura;
    • Investir em refeições ricas em vitamina E e C, que são antioxidantes poderosos para manter a saúde do organismo, além de favorecer a firmeza dos tecidos do corpo; e
    • Aumentar a ingestão de água, redobrando os cuidados com a hidratação.
  • Máscaras Ideais para Leitura Noturna e Assistir TV Antes de Dormir

    Assistir TVou fazer uma leitura noturna antes de dormir são passatempos comuns e relaxantes. No entanto, para quem usa CPAP no tratamento da apneia do sono, esses momentos podem ser prejudicados dependendo do modelo de máscara escolhido.

    Algumas máscaras para CPAP fecham o campo de visão, dificultando a realização dessas atividades. Conheça agora com a CPAPS, os melhores modelos de máscaras que garantem conforto e liberdade, para que você possa aproveitar esses momentos de lazer sem incômodos.

    Leia também: MyAir: o aplicativo da ResMed que gerencia seu sono

    Quais são as melhores máscaras para assistir TV e ler à noite?

    Se você gosta de assistir TV ou ler à noite antes de dormir, é importante escolher uma máscara para CPAP que não interfira no seu campo de visão.

    Felizmente, alguns modelos mais modernos e inovadores, oferecem o máximo de conforto e praticidade, permitindo que você aproveite essas atividades sem problemas.

    Confira algumas delas a seguir:

    Máscara nasal para CPAP AirFit N30i, possui engate com o tubo no topo da cabeça e proporciona o campo de visão livre, possibilitando atividades relaxantes, como a leitura noturna.

    Máscara nasal AirFit N30i – ResMed

    A AirFit N30i da ResMed é uma máscara de CPAP ideal para quem tem sono agitado, pois oferece estabilidade mesmo com movimentos frequentes na cama. 

    Com seu design minimalista, ela proporciona um campo de visão livre, permitindo que você leia, ou assista TV antes de dormir sem incômodos.

     

    Leia também: Conheça o lançamento: Máscara AirFit N30i ResMed

    Máscara para CPAP Air Fit N30i

    Máscara nasal Dreamwear – Philips Respironics

    A Dreamwear Nasal da Philips Respironics é uma máscara para CPAP inovadora, que permite a adição de almofadas nasais para conforto superior. Seu design único, com tubo no topo da cabeça, proporciona mais liberdade de movimentos, ideal para quem gosta de assistir TV ou ler antes de dormir.

    Além disso, o silicone presente em sua estrutura garante que você não acorde com marcas avermelhadas pelo rosto, ou sinta qualquer sensação de irritação nas narinas e na ponte nasal. Você pode conferir todos os detalhes sobre ela nesse post aqui!

    Leia também: Como escolher a máscara CPAP ideal para você?

    Máscara nasal Evora – Fisher & Paykel

    A máscara nasal Evora, da Fisher & Paykel, tem um design exclusivo e minimalista, semelhante a um boné. Ela proporciona um ajuste confortável e firme, com o mínimo de contato com o rosto, ideal para quem busca liberdade e praticidade, sem perder o conforto durante a leitura noturna ou assistir TV. 

    Seu fixador é feito com materiais inteligentes, que proporcionam mínimo contato com o rosto e evita marcas durante o uso à noite. Para inovar e trazer ainda mais conforto, a válvula de exalação possui pequenos furos que minimizam todos os ruídos do fluxo de ar. 

    Leia também: Máscara nasal: quais os benefícios para o seu tratamento?

    Máscara Dreamwear Full

    Máscara Dreamwear Full – Philips Respironics

    A máscara facial DreamWear Full da Philips Respironics assim como sua versão nasal, possui um design minimalista e com almofada facial. Dessa forma, ela cobre a boca e a parte inferior do nariz, proporcionando o suporte respiratório completo nas vias aéreas superiores.

    Essa máscara foi projetada para minimizar os pontos de contato no rosto, com formato mais minimalista e armação inovadora. Ou seja, caso deseje experimentá-la na versão nasal, também é possível.

     

    Leia também: Qual é a máscara de CPAP mais confortável?

    Viva melhor com a CPAPS!

    O que você acha de descobrir novas maneiras para cuidar da sua saúde todos os dias? A CPAPS é referência no tratamento da apneia do sono e tem um blog com dicas diárias para cuidar do seu bem-estar como um todo!

    Tenha acesso a conteúdos exclusivos, que trazem novidades e tendências relevantes sobre a qualidade do sono e qualidade de vida! Conheça as principais notícias do nosso blog para se atualizar!

  • CPAP e dilatador nasal: as principais diferenças no tratamento contra o ronco

    Quem luta para parar de roncar, encontra uma centena de opções no mercado. São clipes, faixas e máscaras que prometem melhorar a qualidade do sono e auxiliar no tratamento contra o ronco. Os mais populares são o CPAP e o dilatador nasal, que são recomendados por médicos. A CPAPS irá te explicar quais as principais diferenças entre os dois, e qual vale mais a pena investir o seu dinheiro!

    O que é o dilatador nasal e para que serve?

    O dilatador nasal tem como promessa auxiliar no tratamento da apneia do sono e do ronco. Ele consiste em um clipe de silicone (ou um adesivo facial) colocado nas narinas ao dormir, impedindo que essa via respiratória não se estreite enquanto você estiver deitado.

    Dilatador nasal, utilizado para melhorar a respiração
    Exemplo de dilatador nasal encontrado no mercado voltado para a terapia respiratória

    Quem faz o uso relata que os sintomas de nariz entupido também melhoram em episódios de crise, e até mesmo o desempenho em esportes pode melhorar para os atletas. A ideia é que as narinas não fiquem obstruídas, e, então, o ronco é reduzido e é possível respirar mais profundamente.

    O que dizem os especialistas

    Segundo a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, para todas essas afirmativas e aparentes soluções milagrosas, existem ressalvas. A primeira delas é que o dilatador nasal não é indicado para qualquer pessoa com problemas respiratórios.

    Em geral, se o problema estiver localizado na parte anterior do nariz (ou seja, na ponta), o dilatador nasal pode ajudar. Porém, se o problema for na região interna, ou na parte da laringe e faringe (onde, de fato, o problema do ronco é mais acentuado em quem é diagnosticado com apneia do sono), não há eficácia. 

    Para que uma pessoa ronque, muitos fatores influenciam essa condição. A principal delas é o formato anatômico da face. O tamanho da língua, formato do palato (céu da boca), além da espessura da garganta (e dos músculos) são alguns dos itens nessa “checklist”. Sendo assim, o dilatador nasal pode proporcionar um alívio caso você esteja lidando com um resfriado ou crise alérgica, mas não irá, de fato, ajudar a longo prazo.

    Os especialistas alertam, inclusive, que o uso do dilatador nasal não é de grande ajuda durante episódios de sinusite, por exemplo. Isso ocorre porque, nesse caso em específico, o problema não está na ponta do nariz, e sim na parte mais interna da face. 

    As crises de sinusite são caracterizadas, principalmente, pelo aumento de secreção nos seios nasais (região entre e acima das sobrancelhas, e abaixo dos olhos). Por esse motivo, aumentar o fluxo respiratório com ajuda do dilatador nasal não surtirá efeito, já que o problema está relacionado com o excesso de muco nessas cavidades.

    Por ser uma forma de tratamento paliativo, o dilatador nasal é somente indicado para usos de curta duração, ou em algum cenário muito específico. Ao viajar para regiões de maior altitude, onde o ar é mais rarefeito e a dificuldade de respirar é um pouco maior, o dilatador nasal alivia na adaptação.

    + Como está o seu sono? Descubra agora!

    Neste caso, é o que justifica o porquê de tantos atletas fazerem o seu uso. Durante um exercício físico mais intenso, é natural que nosso corpo busque por mais oxigênio. E, com isso, um dilatador nasal pode deixar as narinas mais abertas para que se consiga respirar profundamente.

    O CPAP é melhor que o dilatador nasal?

    Como citamos até aqui, o dilatador nasal cumpre uma missão diferente de um CPAP. Enquanto o dilatador age apenas na região mais externa, apenas dilatando as narinas para ajudar a respiração profunda, o CPAP, por sua vez, garante que o paciente não sofra com as interrupções ao respirar enquanto dorme.

    O CPAP é definido a partir da pressão de contínua nas vias respiratórias, impedindo que o paciente apneico tenha os episódios de asfixia comuns da apneia do sono. O problema respiratório é dividido em diferentes graus, como já explicamos nesse post aqui, exigindo uma pressão de ar específica em cada um deles.

    A diferença mais importante entre esses dois métodos é que, enquanto o dilatador nasal ajuda a manter as narinas abertas, o CPAP mantém o ar contínuo entrando por elas, sem muita diferença entre uma inspiração e outra, promovendo o fluxo de ar sempre que o paciente precisar sem a necessidade de fazer maior esforço.

    + Conheça os CPAPs mais tecnológicos

    Não é possível dizer qual é o melhor ou pior, já que eles não servem o mesmo propósito, ainda que alguns fabricantes afirmem que sim. Por isso, você deve se atentar bastante à descrição desses produtos e comprar com distribuidores de qualidade, que realmente irão ajudar a resolver o seu problema. 

    A variação de preços pode ser um dos principais motivadores da compra, entretanto, o maior custo-benefício está naquele que, de fato, vai servir como o tratamento adequado.

    É válido ressaltar que, se você suspeita que está passando por um problema respiratório, e que esteja enfrentando dificuldades ao dormir por conta disso, é fundamental procurar um médico especialista

    Alguns exames, como a polissonografia e o teste das latências múltiplas do sono, detectam os padrões do sono e fazem o diagnóstico de distúrbios como a apneia do sono, o sonambulismo e a narcolepsia.