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  • CPAP: qual é a pressão ideal?

    Na hora de iniciar o tratamento da apneia do sono, é comum que muitas dúvidas surjam. A mais comum é a respeito da pressão do CPAP, que pode ser diferente em cada tipo de tratamento e do grau de severidade da doença. E, para pacientes “de primeira viagem”, ou que ainda estão em fase de adaptação, pode ser um pouco difícil memorizar ou até mesmo regular no aparelho por conta própria. Para isso, a CPAPS organizou dicas preciosas para você aprender a regular o CPAP e definir a pressão ideal, sem erros!

    Existe uma pressão ideal para o CPAP?

    Quando se fala em tratamento para apneia do sono, é normal imaginar que, ao utilizar um CPAP, a pressão estabelecida seja a mesma para todo mundo. Afinal, todo ronco soa igual em todas as pessoas, certo? Sabemos identificá-lo quando ouvimos. Mas, na verdade, não é bem assim.

    De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a apneia do sono pode ser dividida em três níveis de gravidade, que vão do grau leve ao grau acentuado. Esses níveis são definidos da seguinte forma:

    • Grau leve, entre 5 e 15 paradas respiratórias por hora;
    • Grau moderado, entre 15 e 30 paradas respiratórias por hora; e
    • Grau acentuado, mais de 30 paradas respiratórias por hora.

    Essas paradas respiratórias são caracterizadas pela interrupção da respiração pelas vias aéreas superiores. Ao ser comprimido entre as paredes da laringe, o ar acaba formando esse som que reconhecemos como o ronco. Vale lembrar que o som do ronco não define sua gravidade (ou seja, não é porque o ronco é alto que a apneia será considerada acentuada). Então, a pressão ideal para o paciente será aquela condizente com a sua necessidade, de acordo com o grau de severidade da apneia.

    Por conta disso, mulheres (que roncam menos) podem ser até mesmo subdiagnosticadas, o que as leva a sofrer com a doença pela vida inteira, já que ele não é identificado. Explicamos mais sobre essa condição nesse post aqui.

    O que dizem os especialistas

    O fisioterapeuta da CPAPS, Eduardo Patarta, explica que cada paciente possui necessidades especiais. Dessa forma, o médico (que pode ser um otorrinolaringologista ou um especialista em medicina do sono) irá prescrever uma regulação de acordo com o diagnóstico. 

    “De uma forma geral, a pressão tem a ver com a resistência das vias aéreas, então vai depender da anatomia da faringe e do estilo de vida do indivíduo, por exemplo”, comenta.

    Sendo assim, a pressão ideal do CPAP será definida a partir do diagnóstico, que só pode ser feito por meio da polissonografia. “Para saber qual pressão é indicada, o primeiro passo é buscar um médico do sono e realizar uma polissonografia, um exame que monitora o sono por meio de sensores colocados sobre a pele. Esse procedimento monitora as ondas cerebrais, o nível de oxigênio no sangue, a frequência cardíaca e respiratória e o movimento dos olhos e das pernas”.

    Em quais casos o CPAP automático é indicado?

    Se você acompanha o blog da CPAPS, sabe que já falamos algumas vezes sobre o CPAP automático. De maneira resumida, esse aparelho funciona de acordo com a rotina de sono do paciente. Sendo assim, ele se ajusta de maneira automática, aumentando ou diminuindo a pressão do fluxo de ar.

    CPAP Automático, aparelho para o tratamento da apneia do sono, em uma cabeceira ao lado de uma cama, junto com livros
    CPAP Automático funciona de acordo com o sono do paciente, adaptando-se à respiração

    Essa tecnologia serve para monitorar a respiração do paciente, de forma a identificar o padrão respiratório. Então, ele pode oferecer um conforto maior para garantir que o paciente não tenha as vias respiratórias fechadas. Confira 4 motivos pelos quais o CPAP automático é um dos aparelhos favoritos por quem lida com a apneia do sono clicando aqui!

    Conheça a CPAPS!

    Para garantir boas noites de sono, conheça a nossa loja online e encontre os melhores produtos para o tratamento do ronco e da apneia do sono! Nós temos uma central de atendimento com especialistas capacitados para te auxiliar, caso tenha dúvidas: entre em contato conosco pelo whatsapp no (27) 3045-0605.

  • Hipertensão e apneia: entenda a relação

    Você já deve ter ouvido falar da relação da hipertensão arterial com o consumo de sal e gorduras durante a vida. Mas você sabia que esta doença e a apneia do sono também têm ligação? De acordo com uma pesquisa realizada pela Escola Paulista de Medicina, quem sofre de apneia do sono possui maior risco de desenvolver hipertensão, o aumento da pressão arterial. Nesse post, a CPAPS vai te explicar tudo o que você precisa saber sobre o assunto.

    O que é hipertensão? 

    Popularmente conhecida como pressão alta, a hipertensão é uma doença cardiovascular crônica. Por definição, a hipertensão ocorre quando a pressão sanguínea é elevada, a partir de 140/90 mmHg (ou seja, 14 por 9). Ela é considerada grave quando está acima de 180/120 mmHg (18 por 12).

    Segundo dados do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, a hipertensão é uma doença comum no Brasil. Em média, 2 milhões de pessoas são diagnosticadas com essa condição todos os anos. Por ser um problema de saúde crônico, deve ser acompanhada por toda a vida do paciente, com uso de medicamentos específicos para o controle. Em alguns casos, é possível deixá-la estabilizada por algum tempo, mas, em geral, o paciente precisa realizar visitas frequentes a um médico especialista.

    Muito se pergunta: 

    • Qual o remédio para hipertensão
    • Existe dieta para hipertensão?

    Todas essas dúvidas você deve conversar diretamente com o profissional capacitado para realizar consultas e exames para iniciar o seu tratamento para hipertensão

    Como a apneia influencia na hipertensão

    Um artigo de revisão publicado na Revista Brasileira de Hipertensão explica que a apneia obstrutiva do sono é diagnosticada em 35% dos hipertensos, chegando a 70% em casos de hipertensão arterial refratária. 

    Em geral, estudos epidemiológicos demonstram que a apneia obstrutiva do sono acomete 4% dos homens e 2% das mulheres na população geral. No entanto, o sexo masculino, a ocorrência de obesidade, anormalidades estruturais das vias áreas superiores (anatomia e fisiologia), o uso abusivo do álcool e histórico familiar são as principais causas para a doença.

    A elevação da pressão pode ocorrer apenas durante o sono, mas, com o tempo, pode tornar-se permanente. Assim, é necessário o tratamento com medicação para hipertensão. Caso contrário, pode haver complicações cardiovasculares, como infarto agudo, acidente vascular cerebral, arritmia e taquicardia.

    Além disso, durante os eventos da apneia do sono há uma queda da concentração de oxigênio no sangue arterial. Com isso, o órgão tende a aumentar os batimentos cardíacos, na busca de elevar a oxigenação para que todo o organismo receba a quantidade necessária de sangue para seu funcionamento independente.

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    Sendo assim, os pacientes com apneia obstrutiva do sono, por sofrerem repetitivas interrupções respiratórias, que ocasionam o aumento da pressão arterial, estão mais propensos no que diz respeito à hipertensão, sendo considerado um risco aumentado para o surgimento dessa e de outras doenças cardiovasculares.

    Opções de tratamentos

    O tratamento com CPAP é o mais eficaz e com maior comprovação científica para a apneia do sono. Como a pressão positiva contínua fornecida pelo aparelho, o número de paradas na respiração durante o sono diminui, atenuando os fatores que levam ao aumento da pressão arterial. Em nosso site CPAPS.com.br, você encontra diversas opções de produtos para o tratamento da apneia.

    Aqui, sempre ressaltamos a importância de uma boa noite de sono para sua saúde. Então, se você sofre com algum distúrbio do sono, procure um médico e conte com a gente para tirar suas dúvidas via chat online ou através dos telefones 4007-2922 e 0800 601 9922.

  • Noites melhores com tratamento para apneia: confira alguns depoimentos

    Ser diagnosticado com apneia do sono pode ser um alívio para quem busca por noites melhores. Se você acompanha o blog da CPAPS, sabe que falamos frequentemente sobre como esse distúrbio do sono pode afetar a qualidade de vida de quem enfrenta o problema, sendo até mesmo motivo para fins de relacionamento por conta do ronco excessivo. 

    Mais do que isso, a apneia do sono está diretamente relacionada à longevidade da vida, evitando problemas de saúde como a hipertensão e a diabetes.

    No entanto, a apneia do sono ainda é um tabu para quem faz o tratamento, sendo motivo de vergonha, podendo causar o afastamento entre as pessoas, ruindo as famílias (já que, por conta do ronco, torna-se complicado dividir o mesmo quarto, e às vezes até a mesma casa na hora de dormir). E quem vive com o distúrbio, não costuma contar para outras pessoas.

    Mas, para as pessoas que ainda estão na dúvida sobre iniciar o tratamento ou não (seja pelo custo, ou pela própria necessidade de mudança de hábitos), a CPAPS separou alguns comentários de quem é cliente e tem tido noites melhores com ajuda da terapia respiratória. Afinal, uma coisa é certa: dormir bem traz uma vida melhor!

    Depoimentos de quem tem noites melhores

    Um dos principais medos de quem inicia o tratamento é imaginar o barulho causado pela ventilação mecânica do CPAP. Mas qual o feedback de quem faz o tratamento para apneia do sono?

    O cliente Luiz A. C. comenta como tem tido noites melhores: “Gostei muito do aparelho. Bem silencioso, prático para levar em viagens e moderno para fazermos a leitura do tratamento via bluetooth”.

    “Aparelho leve, pequeno e bem funcional, com displays autoexplicativos. O aparelho é super silencioso! Nem parece que estou usando um CPAP. Ao acordar, o display marca qual pressão estava”, comentou a cliente Cláudia A. S.

    Realizar o acompanhamento regular do tratamento é de suma importância para garantir o sucesso. Por isso, as algumas máquinas são equipadas com monitores de LED que facilitam esse processo, podendo ser analisado pelo médico de referência se há a necessidade de alterar o tratamento (aumentando ou diminuindo a pressão) ou mantê-lo como está.

    Além disso, uma prova de que o tratamento é eficaz e satisfatório é o fato de durar muito tempo. “Já uso CPAPs Respironics, da Philips, há quase 20 anos. Tanto os aparelhos quanto as máscaras e acessórios são de excelente qualidade e nunca me deram problema algum. Recomendo”, explica o cliente Mauro P. B.

    E aí, foi o suficiente para te fazer mudar de ideia? Se ainda tem dúvidas, você pode conferir uma série de conteúdos completos para quem está na fase inicial do tratamento:

    + Saiba qual médico você deve procurar caso suspeite ter apneia do sono

    + Tudo sobre o exame de polissonografia: o que é, como é realizada, e por que é tão importante

    + CPAP e custo-benefício: selecionamos os melhores aparelhos e soluções para não pesar no seu bolso

    + Rotina de limpeza: como cuidar do seu kit anti-ronco para garantir que ele dure mais tempo e facilite o seu tratamento

  • Entenda a diferença entre os BiPAPs Duo ST Evolve e Duo Evolve com umidificador

    Quem tem apneia do sono, pode estar familiarizado com o CPAP, o tratamento de pressão contínua nas vias aéreas. No entanto, para além do tratamento desse distúrbio, existe uma gama de outros produtos similares, mas que atuam diretamente em problemas específicos e que necessitam de terapia respiratória. Esse é o caso dos BiPAPs, e, no post de hoje, a CPAPS irá explicar a diferença entre os dois aparelhos que, à primeira vista, podem parecer iguais.

    O que são os BiPAPs e como eles funcionam

    O BiPAP (Bilevel Positive Pressure Airway) é uma forma de ventilação mecânica capaz de funcionar em dois níveis de pressão. Em geral, eles são indicados para a ventilação não invasiva, gerando fluxo de ar contínuo tanto para inspiração, quanto para a expiração.

    Normalmente, o BiPAP é utilizado para o tratamento de apneia obstrutiva do sono grave, dentre algumas doenças pulmonares que causam insuficiência respiratória e resultam na diminuição do oxigênio no sangue.

    Você vai gostar de ler: O que é e para que serve o BiPAP?

    Dessa maneira, o BiPAP pode ser configurado da seguinte forma:

    1. Para apneia obstrutiva do sono

    Nesse caso, possui pressão inspiratória elevada e expiratória mais baixa, simulando a respiração natural e evitando o fechamento da passagem de ar pelas vias aéreas.

    2. Para apneia central do sono

    Para essas situações, o BiPAP tem capacidade de identificar a ausência da atividade respiratória (seja na inspiração ou na expiração), enviando o fluxo de ar necessário.

    LEIA TAMBÉM: CPAP e BiPAP: qual a diferença?

    3. Modo ventilatório

    Quando o paciente enfrenta doenças que incapacitam a respiração natural (como é o caso de edemas, asma grave e bronquite aguda crônica), o BiPAP é ajustado com parâmetros respiratórios que o ajudam a retomar o padrão de respiração.

    BiPAP Duo Evolve x BiPAP Duo ST Evolve

    Dois dos BiPAPS mais conhecidos do mercado são o Duo ST Evolve e o Duo Evolve. E, mesmo com nomes semelhantes, e com o mesmo propósito, eles possuem diferenças que tornam seu rendimento para a terapia respiratória melhor para cada necessidade.

    Duo Evolve

     

     

    BPAP Duo Evolve

    O BPAP Dreamstar Duo Evolve garante conforto e aderência, o que proporciona uma adaptação mais rápida e facilitando ainda mais o tratamento de pessoas diagnosticadas com a apneia obstrutiva do sono, ou doenças respiratórias que necessitam desse tipo de assistência.

    Seu sistema de dois níveis detecta os níveis de apneia e hipopneia, melhorando a performance do paciente e relatando os dados para que o tratamento seja acompanhado de forma acurada. Além disso, ele acompanha um umidificador aquecido integrado, o que permite ainda mais conforto na respiração. Assim, ele previne o retorno da água no aparelho, diminuindo o nível de condensação no circuito, mantendo uma umidificação estável durante toda a noite.

    Outras características desse BPAP incluem:

    • Auxílio respiratório para quem possui alergias ou vive em regiões muito secas, evitando o ressecamento das vias aéreas;
    • Lembretes automáticos; e
    • Conexão com bateria externa.

    Você pode conferir mais sobre ele, dentre detalhes de compra, clicando aqui.

    Duo ST Evolve

    Semelhante ao anterior, o BPAP Dreamstar ST Duo é um dispositivo de dois níveis projetado para fornecer ventilação com suporte de pressão não invasiva para pacientes que realizam a terapia respiratória.

    No entanto, diferente do Duo Evolve, ele possui duas características especiais:

    • Possui maior frequência de backup; e
    • Possui controle e segurança da respiração do paciente.

    Esse BPAP tem um sistema de ajuste automático, que compensa os escapamentos de ar, e possui faixa de pressão personalizada. 

    Sua função “Máscara Desligada” facilita o processo de remoção da máscara, uma vez que o aparelho irá automaticamente diminuir a pressão de ar. Caso passe 30 minutos sem a máscara no rosto, ele será desligado.

    Conheça mais sobre o BiPAP Dreamstar ST Duo em nossa loja online, clicando aqui!

  • Riscos da apneia do sono em mulheres: o subdiagnóstico que pode levar à morte

    A apneia do sono é um distúrbio considerado comum no Brasil. Ao ano, segundo o Hospital Israelita Albert Einstein, 2 milhões de pessoas são diagnosticadas com a doença. Por ser um problema crônico, é necessário o acompanhamento médico para o resto da vida, além da realização de tratamentos e mudanças de hábitos. Esse distúrbio costuma atingir mais homens do que as mulheres, no entanto, apresenta mais risco para elas do que eles. 

    Segundo um estudo realizado pela European Heart Journal, em um conjunto organizado entre 8 mil homens e mulheres, foi identificado que mulheres que sofrem com episódios de apneia do sono (com mais frequência e por longos períodos de tempo) têm o dobro do risco de morte por doenças cardiovasculares em comparação com a população feminina em geral.

    Já com relação aos homens, o cenário é um pouco diferente: os que enfrentam apneia do sono apresentam esse problema apenas 1/4 a mais do que a população masculina em geral. Esses episódios podem ser definidos a partir da interrupção da respiração em um determinado período de tempo. 

    Nestes episódios, quem enfrenta a apneia do sono pode ter asfixias que duram de 10 a 40 segundos, dependendo do grau de severidade da doença. E, nestes casos, é recomendado o tratamento por meio da terapia respiratória com apoio de um CPAP.

    Por que a apneia do sono apresenta mais riscos para mulheres?

    A apneia do sono é uma doença subdiagnosticada (ou seja, possui diagnósticos não-conclusivos ou errôneos) quando se trata de mulheres. Segundo a Universidade de Medicina de Chicago, nos Estados Unidos, por suas diferenças anatômicas e fisiológicas, uma mulher pode ter apneia do sono e nunca ser diagnosticada com a doença, dado que o seu tipo de ronco não é alto o suficiente.

    Mulher dormindo durante o dia, com travesseiros sobre a cabeça para escapar da claridade
    Mulheres podem sofrer com apneia do sono a vida inteira e nunca serem diagnosticadas propriamente

    Em geral, elas costumam roncar menos que os homens, apresentando sintomas considerados mais leves e que, quando comparados a diagnósticos mais precisos, não indicam sinais da doença. Mulheres que enfrentam esse distúrbio do sono, no entanto, tendem a sofrer mais com insônia, sonolência diurna e fadiga. Além disso, elas também podem ter dificuldades de concentração devido à privação do sono.

    Em geral, mulheres que estão no período antes, durante ou após a menopausa têm maior tendência de desenvolver a apneia do sono. Você pode entender melhor essa relação clicando aqui!

    Polissonografia

    Para o diagnóstico de apneia do sono, é necessário realizar uma polissonografia. Esse exame consiste na análise da qualidade do sono, estudando as atividades cerebrais, cardíacas e respiratórias do paciente.

    Por meio desse exame, é possível identificar uma série de outros distúrbios do sono, além da apneia do sono. São eles:

    • Insônia;
    • Narcolepsia;
    • Síndrome das pernas inquietas;
    • Arritmias que acontecem durante o sono;
    • Bruxismo;
    • Sonambulismo.

    + Apneia do sono em mulheres: saiba como identificar!

    Tratamento

    Quando diagnosticado oficialmente, a apneia do sono pode ser tratada com o auxílio de um CPAP, por meio da terapia respiratória com ajuda de um CPAP. Pelas diferenças anatômicas com relação a homens, as máscaras são diferenciadas com intuito de oferecer mais conforto e praticidade. Para isso, a CPAPS tem uma seleção dos melhores produtos femininos e os campeões de vendas (e elogios!) entre as mulheres. Você pode conferir tudo isso nesse post aqui.

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    + Mulheres na pós-menopausa correm mais risco de ter distúrbios do sono?

  • Diferenças entre a polissonografia e o teste das latências múltiplas do sono

    Para identificar um distúrbio do sono, o primeiro exame que nos vem à mente é a polissonografia. Se você acompanha a CPAPS, sabe que falamos como ela funciona: é essencial para avaliar as atividades cerebrais, cardiológicas e respiratórias durante o sono, para, então, ter um diagnóstico preciso da apneia do sono e seu grau de severidade. Porém, outro exame conhecido na Medicina do Sono também é capaz de auxiliar especialistas no tratamento de uma série de distúrbios: o Teste das Latências Múltiplas do Sono.

    + Polissonografia com CPAP: o que é e como é feita

    Para entender mais sobre isso, e as principais diferenças entre elas, a CPAPS organizou tudo o que você precisa entender sobre esses dois exames clínicos, e quais podem ser aplicados para cada situação.

    O que é o teste das latências múltiplas do sono?

    O Teste das Latências Múltiplas do Sono (TLMS), segundo o Instituto de Neurologia Funcional, é um tipo de polissonografia realizado no período diurno. Em geral, ele é realizado após uma noite completa avaliando o sono, com a ajuda da polissonografia que já é conhecida.

    O principal objetivo desse exame é avaliar o sono REM, ou seja, aquele último estágio do sono, onde estamos na fase mais profunda e produzindo sonhos. A partir daí, é possível diagnosticar distúrbios como a narcolepsia e os motivos para a sonolência excessiva durante o dia.

    Esse exame é fundamental para identificar, também, episódios de paralisia do sono e suas causas. A partir desse diagnóstico, o médico especializado consegue determinar se há uma causa fisiológica (como um problema neurológico) ou é resultante de um distúrbio emocional (como a ansiedade ou depressão), recomendando, então, um tratamento mais assertivo ao paciente.

    Como é feito o exame e possíveis tratamentos

    O Teste das Latências Múltiplas do Sono é realizado da seguinte forma: o paciente é levado para um ambiente escuro e silencioso, no qual poderá dormir. Os registros são feitos cinco vezes, cada um deles com duração de 20 minutos. Então, são feitos intervalos de 2 horas, no quais o paciente não poderá cair no sono.

    Para realizar esse exame, o paciente deverá ser indicado por um médico especialista (seja neurologista ou da própria medicina do sono) para avaliar o problema. Em geral, pacientes que possuem sonolência excessiva (como é o caso do diagnóstico da narcolepsia) são os mais contemplados.

    Diagnóstico da narcolepsia

    Segundo especialistas, a narcolepsia é uma doença que existe tratamento, mas não há cura, sendo caracterizada como um distúrbio crônico. Ela possui manifestações clínicas no sono e na vigília, e, normalmente, atinge jovens na faixa dos 20 aos 30 anos.

    Por não oferecer um risco de vida direto (com exceção de pessoas que operam máquinas e trabalham dirigindo), a narcolepsia não é considerada um problema grave. Ainda assim, no entanto, ela pode prejudicar a rotina do paciente, que, com sono, não aproveita a vida com qualidade.

    Dentre os sintomas da narcolepsia, estão:

    • Sono excessivo;
    • Ataques súbitos de sono;
    • Perda súbita da força muscular;
    • Alucinações; e
    • Episódios de paralisia do sono.
    Mulher de meia idade dormindo com o rosto apoiado sobre a mão
    O sono excessivo prejudica atividades do dia a dia

    Os sintomas podem ser incapacitantes, já que o sono excessivo (que independe da quantidade de horas que a pessoa dormiu, sejam muitas ou poucas) leva à diminuição do rendimento no trabalho e nos estudos, tendo consequências sociais e financeiras. Muitas vezes, pacientes com narcolepsia são diagnosticados erroneamente como “pessoas preguiçosas”, e, assim, um tratamento eficaz costuma ser feito décadas depois, quando é buscada uma nova opinião especialista.

    Para o tratamento da narcolepsia, o paciente deve realizar um acompanhamento médico para que seja avaliado o grau de evolução do distúrbio. Com a ajuda de estimulantes e antidepressivos (geralmente inibidores seletivos de recaptação de serotonina), o paciente pode obter melhoras na qualidade de vida, voltando à sua rotina sem muitos problemas. 

    Além disso, grupos de ajuda também são indicados, além de acompanhamento psicológico, para que o paciente troque experiências com outras pessoas que sofrem do mesmo problema, e que podem estar enfrentando consequências resultantes do distúrbio, como a depressão e a perda de peso.

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  • Entenda como a apneia do sono pode interferir em seu trabalho

    Você provavelmente conhece esse cenário: um dia intenso de trabalho e um cansaço que acaba com a concentração. Nesse momento, aquela hora do cafezinho se torna sagrada para conseguir dar continuidade ao trabalho. Sentir sono ao final do dia é comum, afinal, estamos em constante atividade e sentimos a necessidade de dar um tempo. No entanto, sentir sono o dia inteiro pode ser um sinal de alerta. Em alguns casos, a apneia do sono pode estar diretamente relacionada com esse sintoma. 

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    Como a apneia do sono está relacionada com o sono no trabalho

    Se você acompanha a CPAPS, sabe que constantemente falamos sobre a importância do sono para a saúde. Não somente no quesito descanso, ter um sono de qualidade implica diretamente no sistema imunológico, na retenção de informações aprendidas, e também na liberação de hormônios importantes para o crescimento e redução do estresse.

    Quem lida com distúrbios do sono (como a insônia e a apneia) pode enfrentar uma série de problemas relacionados à saúde. O aumento da pressão arterial e a possibilidade de desenvolver diabetes a longo prazo são algumas delas. Porém, a sonolência excessiva e constante é um dos sintomas mais fáceis de identificar, o que prejudica a rotina do dia a dia.

    Como a qualidade do sono é afetada, quem sofre de apneia do sono costuma sentir dificuldade para se concentrar durante o trabalho e em atividades mais passivas, como palestras e reuniões. 

    3 dicas para acabar com o sono no trabalho

    Para não ter que recorrer sempre ao café na tentativa de driblar o sono , existem algumas formas de se manter acordado no trabalho.Para quem trabalha em casa, no modelo de home office, algumas estratégias podem ser bastante eficazes, como:

    Manter o ambiente bem iluminado

    A presença da luz natural é essencial para que o nosso corpo entenda que estamos em estado de vigília (ou seja, que devemos estar acordados e atentos). Isso se deve ao fato de que a melatonina, hormônio liberado com mais intensidade durante o sono (responsável pela vontade de dormir), tem sua produção interrompida quando entramos em contato com a luz.

    Então, a primeira dica essencial para conseguir ficar acordado, é, assim que acordar, ter contato com a luz natural. Tente manter as janelas e cortinas bem abertas, e, quando o dia terminar, mantenha o escritório bem iluminado. Mesmo com as luzes artificiais (fluorescentes e vindas de eletrônicos), a melatonina tem sua produção menor, contribuindo para prolongar o seu tempo acordado.

    Movimente-se

    Trabalhos administrativos, dentro de escritórios, podem ser cansativos pela repetição de tarefas e até mesmo pela monotonia do dia a dia. Então, para não acabar lidando com o sono, o segredo é estar em movimento.

    Para isso, experimente dar uma caminhada pelo escritório a cada 1 hora de trabalho. Isso ajudará a manter a circulação sanguínea, o que irá oxigenar o cérebro para que ele continue em atividade. Caso esteja em um ambiente menor, tente fazer alongamentos de, no mínimo, 10 minutos. Isso irá ajudar não somente a lidar com a possível sonolência, mas também aliviará um pouco o estresse.

    Se sentir que está bocejando demais, faça uma breve meditação, inspirando profundamente e repetindo 10 vezes. Essa é mais uma técnica para auxiliar na oxigenação, uma vez que o bocejo é uma forma que o corpo encontra de obter mais oxigênio e manter o cérebro ativo para realizarmos nossas tarefas diárias.

    Faça um lanche saudável, e que seja estimulante

    O café é, certamente, a bebida mais popular do mundo quando se fala na necessidade de obter mais energia. No entanto, uma série de outros alimentos também podem auxiliar nessa estratégia a fim de ficar mais acordado. Um exemplo disso são cereais, como a aveia, além de frutas, como açaí, abacate ou guaraná.

    Com lanches leves e saudáveis, você é capaz de estimular a resposta cerebral quando precisa lidar com estudos, ou um trabalho que exige mais concentração. Alguns exemplos que você pode experimentar são:

    • Iogurte com granola e castanhas;
    • Vitaminas de abacate ou banana; e
    • Açaí com guaraná.

    + 15 mitos e verdades sobre alimentos e o sono

    Procurando ajuda médica

    Caso nenhuma das opções acima tenha conseguido ajudar você a se manter acordado,  é importante procurar o médico do sono para realizar a polissonografia. Assim, será possível identificar se o problema é de fato uma questão de hábito ou fisiológica. 

    O fisioterapeuta e especialista da CPAPS, Eduardo Partata, explica que este método, também conhecido como exame do sono, é capaz de detectar a atividade cerebral, o desempenho cardíaco, o relaxamento muscular e a oxigenação do sangue.

    “A polissonografia é simples e indolor. Durante uma noite de sono, são colocados sobre a pele do paciente sensores que analisam os estágios do sono. As informações coletadas são enviadas a aparelhos computadorizados, que permitem a organização dos dados e o diagnóstico de possíveis distúrbios do sono, como é o caso da apneia”, completa. 

    + Polissonografia: o exame que vai ajudar a melhorar seu sono

    Caracterizado por pausas respiratórias durante o sono, que causam o ronco, esse distúrbio faz com que a pessoa acorde muitas vezes durante a noite, tornando o sono agitado e não reparador. 

    Para tratar a apneia do sono e, assim, voltar a ter noites tranquilas e dias mais produtivos, recomenda-se o uso do CPAP, tratamento considerado padrão-ouro. Este aparelho é um gerador de fluxo de ar que envia uma pressão positiva e constante para a via respiratória, o que impede a sua obstrução. O CPAP será seu grande aliado, que te ajudará a manter todo o foco e a concentração que seu trabalho exige.

  • Traqueostomia: o que é, para que serve e modos ventilatórios

    A traqueostomia (TQT) é um procedimento cirúrgico onde ocorre a abertura da parede anterior da traqueia, fazendo uma comunicação da mesma com o meio externo, com o objetivo de dar ao paciente uma possibilidade para respirar.

    Este procedimento é indicado quando há acúmulo de secreção traqueal, inativação da musculatura respiratória ou para promover uma via aérea estável em paciente com intubação traqueal prolongada. O método tem aumentado durante a pandemia da Covid-19, uma vez que, quem é acometido pela doença, pode ter complicações respiratórias.

    Para que serve a traqueostomia

    Especialistas explicam que a traqueostomia serve como uma alternativa segura para que a pessoa consiga respirar por algum meio, já que não há a possibilidade de fazê-lo pelas vias aéreas. Das indicações podemos citar:

    • Permitir a ventilação mecânica (VM);
    • Liberação de obstrução das vias aéreas;
    • Promover higiene brônquica; e
    • Permitir a ventilação em paciente com disfunção na musculatura respiratória.

    A única contraindicação é para pacientes que tenham alteração homeostática, ou seja, quando o corpo não consegue se manter em equilíbrio com o ambiente, alterando suas propriedades fisiológicas.

    A traqueostomia pode ser dividida entre várias finalidades: preventiva (para complementar outros procedimentos cirúrgicos), curativa (situação onde assegura a manutenção da via aérea) e paliativa (para conforto respiratório). 

    Como é feita a traqueostomia

    Para realizar a traqueostomia, o médico especialista realiza uma incisão na traqueia (entre as clavículas). Em seguida, é inserida uma cânula, que gera um canal de passagem de ar. 

    A escolha da cânula (metálica ou plástica) é realizada antes do procedimento, devendo ser levado em conta a individualidade e necessidades de cada paciente. Assim que for determinado, diversos calibres devem ser colocados na mesa cirúrgica para definir o tamanho correto somente após a exposição da traqueia.

    Quanto ao tempo apropriado para a realização, pode ser tanto de urgência como eletiva. E por fim, quanto ao tempo de permanência podem ser temporárias ou definitivas.

    Benefícios da traqueostomia

    A traqueostomia é um procedimento capaz de promover inúmeros benefícios aos pacientes, devendo ser realizado com as técnicas adequadas e profissionais especializados para evitar complicações.

    Quando comparado à intubação orotraqueal, a traqueostomia é benéfica, pois facilita a alimentação do paciente, a higiene brônquica, assim como o retorno precoce da fala e entre outros.

    Modos ventilatórios para traqueostomia

    A traqueostomia e suas modalidades de ventilação mecânica são definidas de acordo com o que é mais adequado para cada paciente. Com isso, dependerá de suas individualidades clínicas, dos tipos de equipamentos disponíveis, assim como da experiência da equipe multidisciplinar com o manuseio do mesmo.

    Assim como qualquer procedimento cirúrgico, a traqueostomia exige cuidados especiais, que podem ser realizados pelo paciente ou por seu cuidador. A aspiração do tubo, por exemplo, pode ser feita pelo cuidador, a fim de que fique livre de secreções e afaste possíveis infecções.

    A ventilação mecânica na traqueostomia consiste em oferecer suporte à vida do paciente. Seu objetivo é manter o ciclo respiratório constante, mesmo que não haja espontaneidade na respiração, e assim aconteçam as trocas gasosas adequadamente. Principalmente quando não houver o trabalho da musculatura respiratória.

    Na traqueostomia, o suporte ventilatório é invasivo, e ocorre por aparelhos que emitem intermitentemente volumes de ar nas vias aéreas. A indicação varia de acordo com os objetivos almejados. Os principais são:

    • Reanimação pós parada cardiorrespiratória;
    • Alguns tipos de cirurgia de cabeça e pescoço;
    • Insuficiência respiratória em situação de emergência; e
    • Pessoas que precisam de respirar por ajuda de aparelhos por um tempo.

    Os ciclos respiratórios são controlados pelo ventilador, que contém parâmetros e modos ventilatórios, e que devem ser escolhidos de acordo com a necessidade de cada paciente.

    Ventilação mecânica a volume controlado

    No modo de ventilação mecânica a volume controlado, tanto a frequência respiratória quanto o volume corrente são contínuos e pré-definidos. 

    Este modo ventilatório está indicado para pacientes que não conseguem exercer o mínimo ou nenhum esforço respiratório. Sendo ajustado o volume, a pressão e uma pressão de suporte.

    Ventilação assistida controlada

    Neste modo de ventilação, o equipamento permite um mecanismo misto de disparo, de fase inspiratória por tempo ou por pressão. 

    A pressão é ativada através do esforço inspiratório do paciente (assistido) e então o tempo de disparo acontece pelo aparelho (controlado), esse mecanismo garante que haja uma frequência mínima.

    O ajuste de sensibilidade está presente neste modo e garante o controle do nível de esforço inspiratório, necessário para ativar a fase inspiratória. É indicado quando há drive respiratório, mas inaptidão dos músculos respiratórios.

    Ventilação com pressão de suporte

    Usado somente quando há drive respiratório do paciente, ele é caracterizado por ser um modo de ventilação espontânea. 

    Isso significa que o disparo é feito pelo próprio paciente e o ventilador assiste à ventilação através da manutenção da pressão positiva pré-estabelecida.

    Pressão positiva contínua nas vias aéreas

    Nesta opção, a ventilação ocorre espontaneamente pelo paciente. Porém, há uma pressurização contínua na inspiração e na expiração (CPAP). 

    Desta forma, o volume corrente vai depender do esforço inspiratório do paciente e de sua mecânica respiratória.

  • Oxímetro de pulso como reforço para a oxigenoterapia

    A oximetria tornou-se um assunto urgente especialmente durante o período de pandemia. Necessário para analisar a saturação de oxigênio no sangue, o aparelho é essencial para pessoas em tratamento com oxigenoterapia. Isso se deve ao fato de que, quando há falta de oxigênio no corpo, nosso organismo trabalha mal, podendo levar até mesmo à falência de órgãos vitais para nossa sobrevivência. Sendo assim, ter um oxímetro de pulso em casa é uma solução para analisar diariamente a necessidade de cada paciente.

    Para que serve o oxímetro de pulso?

    O oxímetro de pulso tem a capacidade de verificar a saturação através do uso de luzes infravermelhas. Essa luminosidade é absorvida pelas hemácias de acordo com a quantidade de oxigênio que elas carregam. A função do oxímetro de pulso é “traduzir” essa absorção da luz pelas hemoglobinas nos números mostrados no painel do aparelho.

    Pessoas saudáveis, normalmente, possuem índices bem altos de oxigênio no sangue, beirando 98% e 99% de saturação, como explica a fisioterapeuta Panmella Ferreira. 

    “O oxímetro de pulso é importante para que o paciente tenha a segurança de que está recebendo a quantidade correta de oxigênio e de que suas células estejam oxigenadas da forma normal”, diz Ferreira, que também é especialista da CPAPS.

    O oxigênio entra em nosso corpo através das vias aéreas e é passado para o sangue com a ajuda do sistema respiratório. Quando ele chega ao sistema respiratório, é transportado pela hemoglobina, que fará a distribuição do gás por todos os tecidos e órgãos do corpo. Sendo assim, níveis abaixo de 95% de saturação indicam um sinal de alerta.

    Falta de oxigênio

    De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), o nível de oxigênio no sangue pode cair quando o paciente possui alguma doença pulmonar. Edemas, bronquites e até mesmo o próprio coronavírus são responsáveis por prejudicar a transposição do oxigênio das vias aéreas para os alvéolos pulmonares, para a realização das trocas gasosas.

    Também chamada de hipóxia, a falta de oxigênio pode levar à morte do paciente. Ela pode ter diversas causas, além de distúrbios respiratórios, como a residência em regiões acima do nível do mar. 

    Como escolher e usar

    O oxímetro de pulso é um acessório simples, que funciona de forma indolor. Ele é um clipe que deve ser colocado no dedo, e que irá acompanhar os parâmetros de saturação periférica de oxigênio e frequência de pulso.

    Oxímetro de pulso
    O oxímetro de pulso é essencial para acompanhar a saturação de oxigênio | CPAPS

    O oxímetro pode ser utilizado tanto em casa, quanto em ambientes ambulatoriais. Afinal, sua interface é de fácil leitura, com uma tela LED que irá realizar a contagem (e possui uma margem de 2% de erro).

     

  • Paralisia do sono: o que é, como evitar e a relação com apneia

    A paralisia do sono, segundo dados do Hospital Israelita Albert Einstein, atinge em média 2 milhões de pessoas no Brasil. Ela se caracteriza pela incapacidade temporária de se mover ou falar ao acordar ou adormecer, sendo um verdadeiro momento desesperador para quem lida com esse problema.

    Ainda que não tenha cura, existem uma série de fatores que podem influenciar no desenvolvimento desse distúrbio. Alguns deles são os pacientes já diagnosticados com narcolepsia e apneia do sono, que estão mais propensos a terem episódios de paralisia do sono.

    O que é a paralisia do sono?

    Enquanto dormimos, passamos por todos os cinco estágios do sono. Os estágios 3, 4 e 5 são responsáveis pelo sono profundo, momento em que o corpo relaxa totalmente os músculos e as atividades cerebrais estão muito mais lentas do que o normal, conservando energia e evitando que realizemos movimentos bruscos para não nos acordar.

    É natural que em determinado horário (seja estipulado por um despertador, ou o nosso próprio hábito de acordar naturalmente), isso se interrompa para que consigamos abrir os olhos e despertar. 

    Porém, pessoas que lidam com a paralisia do sono podem enfrentar problemas nesse momento. Diferente de um despertar natural, ela fica, como o próprio nome já sugere, paralisada como se ainda estivesse dormindo. Com isso, os movimentos dos membros e a fala são comprometidos, impedindo que ela consiga levantar-se e dar continuidade ao dia.

    Principais sintomas

    Alguns sintomas são fundamentais para identificar um episódio de paralisia do sono, como:

    • Sensação de medo ao acordar, ao sentir impossibilidade de se mover;
    • Falta de ar e sensação de afogamento;
    • Alucinações, como ouvir vozes, sons e ver coisas que não acontecem no ambiente; e
    • Sensação de estar caindo ou flutuando.

    Ainda que seja perturbadora, os especialistas indicam que a paralisia do sono não é um perigo para a saúde, e nem coloca a vida da pessoa em risco. Entretanto, a paralisia do sono pode ser um alerta para a necessidade de cuidados psicológicos e neurológicos. 

    A paralisia do sono é um distúrbio crônico do sono, persistindo pelo resto da vida, havendo apenas alguns meios e mudanças de hábitos possíveis para que sejam reduzidas a quantidade de episódios.

    Mulher utilizando notebook enquanto homem dorme ao lado
    Paralisia do sono pode ocorrer pela falta de higiene do sono, com o uso excessivo de eletrônicos antes de dormir

    Principais causas e como evitar

    As principais causas para a paralisia do sono são, além de transtornos emocionais e psiquiátricos:

    • Não ter um horário regular para dormir e acordar;
    • Privar-se do sono totalmente; e
    • Estresse excessivo.

    Sendo assim, cuidar da higiene do sono (os hábitos antes e ao dormir) influenciam na frequência de episódios de paralisia do sono. 

    Ao dormir, recomenda-se que você opte por um ambiente bem escuro, com temperatura agradável. Além disso, não se alimente ou beba logo antes de deitar, e evite o uso de aparelhos eletrônicos (como TVs, computadores e celulares) antes de dormir. Exercícios físicos intensos são contraindicados, uma vez que também podem acabar deixando o corpo em atividade por mais tempo, interrompendo o relaxamento necessário para cair no sono.

    Leia mais: Dormir com telas ligadas faz mal para a saúde do sono?

    Relação entre paralisia e apneia do sono

    Assim como a apneia obstrutiva, a paralisia do sono também é um distúrbio do sono. Elas estão entrelaçadas, principalmente, pelo fato de atrapalharem o descanso e dificultarem a obtenção de um sono reparador, que de fato reponha as energias e prepare o corpo para o dia seguinte.

    Ambos os distúrbios também possuem tempo para a ocorrência dos episódios. Por exemplo, um episódio de apneia do sono pode ter entre 10 e 40 segundos de interrupção da respiração; enquanto isso, um único episódio de paralisia do sono pode durar de dois a cinco minutos.

    Uma das principais relações entre elas está no fato de que, para uma pessoa que possui apneia do sono, a tendência de desenvolver um episódio de paralisia aumenta. Isso ocorre porque os hábitos do sono e funções fisiológicas são basicamente os mesmos, podendo ser desregulados e acabar prejudicando o momento de dormir.

    Por isso, ao sentir que seu sono não está proporcionando o conforto, bem-estar e energia necessários para a vida, consulte um médico de referência para um checkup completo. Um dos exames mais indicados é a polissonografia, que analisará as atividades cerebrais, cardíacas e respiratórias do paciente ao dormir, oferecendo um diagnóstico preciso e tratamento eficaz para lidar com o problema.

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