Tag: ansiedade e apneia do sono

  • Qual a diferença entre hipopneia e apneia do sono?

    Assim como a apneia obstrutiva, a hipopneia obstrutiva do sono é um distúrbio do sono que atinge boa parte da população. Segundo o Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraíba (CRM-PB), dentre os principais diagnosticados, cerca de 5% são homens adultos e 2,5% são mulheres; desses, 10% é parte da população acima dos 65 anos.

    Conforme explica o Instituto do Sono da Asa Norte (Isan), a hipopneia é caracterizada pela interrupção parcial das vias aéreas superiores durante o sono. É diferente do que ocorre na apneia obstrutiva do sono, por exemplo, quando as vias respiratórias são totalmente bloqueadas.

    Sendo assim, a hipopneia também é um distúrbio respiratório que causa interrupções na respiração do paciente durante o sono, com obstrução parcial. A diferença entre as duas está na quantidade do fluxo de ar que é bloqueado, com a ocorrência de episódios de asfixia (o ronco).

    Por outro lado, a apneia obstrutiva do sono é marcada pela oclusão total das vias respiratórias, enquanto a síndrome da hipopneia reduz de 30% a 50% a passagem do ar na hora do sono.

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    Diagnóstico da Síndrome de Apneia e Hipopneia Obstrutiva do Sono (SAHOS)

    Em revisão de literatura, tanto a síndrome da apneia quanto a hipopneia possuem sintomas em comum. Fatores anatômicos são os principais, e, neste caso, explicaria o motivo da incidência maior de homens como portadores da SAHOS. A anatomia inclui o tamanho do queixo, o palato (céu da boca) reduzido, musculatura da garganta mais estreita que o comum, e afins.

    Além do gênero, dentre os fatores de risco estão a idade avançada, a obesidade, macroglossia (possuir uma língua maior, como ocorre em pacientes com síndrome de Down), amígdalas e adenoides hipertrofiadas e tumores.

    A posição para dormir, ou consumo de alimentos pesados e bebidas alcoólicas também podem facilitar o desenvolvimento dos episódios recorrentes de obstrução, apresentando os sintomas como ronco e sonolência excessiva.

    Tanto nas apneias e hipopneias obstrutivas, essa interrupção na respiração pode causar inúmeros problemas de saúde de médio a longo prazo. Quando não há tratamento adequado, a asfixia causada pela SAHOS pode causar, principalmente, a hipóxia.

    Esse problema ocorre em decorrência do aumento de gás carbônico no sangue, uma vez que não há a entrada de oxigênio suficiente para nutrir o organismo (especialmente pulmões, coração e cérebro). A consequência disso é o aumento dos riscos de desenvolver, por exemplo, um acidente vascular cerebral (AVC) e a falência dos órgãos, podendo ser fatal.

    Exames essenciais

    Dentre os principais exames que podem ser feitos para avaliar a apneia obstrutiva do sono e hipopneia, estão a polissonografia, exames de sangue e a oximetria (para avaliar os níveis de oxigênio no corpo). Explicamos mais sobre isso nesse conteúdo aqui, que você pode conferir em detalhes!

    A polissonografia, por sua vez, é um exame que analisa a qualidade do sono e detecta possíveis alterações a partir do monitoramento das ondas cerebrais, o nível de oxigênio no sangue, frequência cardíaca e respiratória, além do movimento dos olhos e das pernas.

    O fisioterapeuta e especialista da CPAPS, Eduardo Partata, explica que a polissonografia é realizada durante uma noite de sono.

    “São colocados sensores na superfície da pele, que enviam informações a aparelhos computadorizados e permitem a coleta de dados e a análise do sono em tempo real. É por meio desse exame que o indivíduo consegue obter o diagnóstico e o tratamento mais adequado, além de descobrir o grau em que o problema se encontra”, diz o especialista.

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    Graus da hipopneia e apneia do sono

    A partir do exame de polissonografia, é possível constatar a gravidade do distúrbio. Isso auxiliará na definição do tratamento mais eficaz para a redução dos sintomas e o controle da doença para o resto da vida do paciente.

    Com isso, os índices de apneia e hipopneia para adultos dividem-se em 4 graus:

    • Normal: até 5 eventos por hora;
    • Leve: até 15 eventos por hora;
    • Moderado: até 30 eventos por hora; e
    • Grave: quando for acima de 30 eventos por hora.

    Como tratar a hipopneia e a apneia do sono?

    Tanto para apneia do sono, quanto hipopneia, o tratamento considerado padrão-ouro é por meio do aparelho de pressão positiva contínua nas vias respiratórias, o CPAP.

    Esse é um dispositivo que envia fluxo de ar constante e positivo nas vias aéreas superiores, impedindo que elas se fechem ou estreitem. Assim, é garantido que haverá a troca dos gases durante a inspiração e expiração, evitando que a respiração seja interrompida. Consequentemente, os roncos são diminuídos, e as noites de sono são mais proveitosas.

    No entanto, para além do CPAP, devem ser tomadas medidas no intuito de auxiliar na respiração e evitar outros problemas, como a hipertensão e a diabetes (que também influenciam no distúrbio do sono). Portanto, a prática de exercícios físicos e melhores hábitos alimentares farão grande diferença na sua qualidade de vida.

  • Apneia do sono e ansiedade: qual a relação?

    Ansiedade e apneia do sono têm dois aspectos em comum: ambos são distúrbios e afetam a qualidade do sono e a vida cotidiana. A ansiedade é um termo utilizado para definir um conjunto de sentimentos que são como uma antecipação de ameaça futura, uma sensação de medo do que estar por vir. Tudo isso, somado ao excesso de preocupações.

    Já a apneia do sono, é uma sequência de pausas respiratórias durante o sono, que tem uma extensa lista de sintomas, entre eles o ronco, cefaleia ao acordar, cansaço e sonolência diurna. O sono e a saúde são os mais afetados em ambos cenários.

    Pessoas ansiosas ou com transtornos de ansiedade são aquelas que, ao deitar para dormir, ficam rolando na cama, pensando, principalmente, nos estresses diários e no que precisa fazer amanhã. As que sofrem com apneia do sono, dormem, mas não se sentem plenamente revigoradas, mesmo após uma noite de sono.

    Veja também: Dormir mal pode trazer riscos à saúde. Confira alguns!

    Apneia do sono e ansiedade: entenda a relação!

    A apneia do sono e ansiedade podem ter uma forte relação.  A apneia do sono desregula as taxas hormonais e libera hormônios – como o cortisol – que contribui para a ansiedade e tensões. O cortisol, especificamente, tende a aumentar a glicose sanguínea, o que funciona como um combustível para andar, falar e pensar em como se solucionar problemas do dia seguinte, ou situações que trazem aflição e medo. Apesar de parecer algo bom, quando acontece com frequência, afeta o sistema imunológico, além de aumentar a morte celular e de neurônios.

    Em algumas situações, a pessoa que tem apneia do sono também pode ter dificuldade para adormecer, devido ao aumento dos níveis de cortisol no organismo. Nos estágios mais avançados, pode ter insônia e até depressão.

    Como saber se tenho apneia do sono?

    Os episódios de apneia do sono são caracterizados por várias interrupções da respiração durante o sono. Como muitas pessoas sofrem da doença, mas sequer sabem disso, separamos alguns dos principais sinais. Confira abaixo:

    • Ronco: é o primeiro sintoma da doença e, neste caso, os pacientes param de roncar por alguns instantes, mas o sintoma pouco depois volta e com um som ainda mais forte – geralmente acompanhado de tosse ou engasgos;
    • Sono agitado e cansaço excessivo: com os microdespertares durante a noite, o sono é agitado e não reparador. Portanto, as pessoas que sofrem de apneia do sono costumam sentir cansaço excessivo durante todo o dia;
    • Dor de cabeça: como as pausas respiratórias também provocam a falta de oxigenação no cérebro, é comum os pacientes acordarem queixando-se de dores de cabeça.

    Saiba como fazer o diagnóstico da apneia do sono

    Caso tenha identificado algum dos sintomas citados acima, procure, imediatamente, o médico do sono e marque a polissonografia. Este exame analisa os estágios do sono do paciente, detecta a atividade cerebral, desempenho cardíaco, relaxamento muscular e oxigenação do sangue.

    Conheça a CPAPS!

    Aqui no blog da CPAPS, você encontra as melhores dicas para dormir bem. Separamos outros conteúdos que podem te interessar. Confira abaixo:

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    Fonte: Eduardo Partata – fisioterapeuta – CREFITO – 3/121685-F