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  • Entenda a doença do sono, causada pela picada da mosca tsé-tsé

    Você já pensou em entrar em sono profundo por conta da picada de uma mosca? Esse é um dos sintomas da Tripanossomíase Humana Africana, ou doença do sono. Transmitida pela picada da mosca tsé-tsé, ela pode levar à morte se não tratada de forma correta. Entenda o que é e como funciona a enfermidade.

    A doença do sono é mais comum na África Subsaariana, principalmente no interior. A mosca se alimenta de sangue, tendo o boi como seu principal hospedeiro. Ainda assim, ela também tem como “vítimas” humanos e animais selvagens e domésticos, que podem acabar sofrendo ataques.

    A evolução da enfermidade até chegar a um estágio mais agravado, no entanto, não é tão rápida quanto parece. Segundo pesquisas, ao todo, são três fases, porém, até chegar a terceira, pode demorar meses ou até anos agindo no organismo humano. 

    Por isso é comum que os sintomas sejam confundidos com outras doenças, ou até mesmo com uma boa qualidade do sono, já que com o tempo o paciente passa a dormir mais.

    Principais sintomas da doença do sono

    Após ser infectado, o paciente passa a ter o protozoário na corrente sanguínea. Com isso, ele entra no sistema nervoso central e passa a causar os sintomas no corpo.

    Confira alguns deles:

    • Febre alta;
    • Dores de cabeça;
    • Dores musculares;
    • Estado contínuo de sono;
    • Sono profundo

    O controle da doença do sono

    Apesar de muito menos mortal que anos atrás, a doença do sono ainda é um adversário difícil de ser batido pela ciência. Isso ocorre porque apesar de haver um tratamento feito com uma proteína, que é capaz de matar o parasita e resolver a questão, ela está sempre um passo à frente da imunidade do corpo.

    O motivo da doença do sono ainda ter um nível alto de mortalidade está na chegada agravar os sintomas. Nessa fase, é comum que surja convulsões, sono profundo e dificuldades de coordenação. Essa combinação aumenta as chances de morte do paciente.

    Dificuldades de tratamento 

    Outro fator que dificulta um tratamento adequado, além do diagnóstico tardio, é que o parasita conta com mais de mil versões de uma proteína. Com isso, toda vez que o organismo tenta combater a doença do sono, produzindo anticorpos, os parasitas  transformam uma nova camada de proteína.

    Portanto, a doença do sono, quando já se encontra no organismo, passa a dominar o sistema nervoso central. Sempre em transformação, ela dribla o corpo humano, se mantendo ativa mesmo quando o organismo tenta matá-la. 

    A prática contribui para a dificuldade de tratamento e pode piorar o quadro de saúde do paciente, que corre o risco de chegar ao sono profundo. 

    Tentativas de erradicar a doença do sono

    Uma das principais tentativas para parar de uma vez por todas a atuação da doença do sono é a criação de espécie de bois resistentes ao parasita. A hipótese tem sido testada pelos cientistas, já que os animais são os principais hospedeiros da enfermidade. 

    No entanto, outras tentativas também estão sendo estudadas, como a criação de uma proteína capaz de combater a doença no organismo. Já tendo sido produzida, ela passa por aprimoramentos em laboratório para que funcione em humanos.

    Porém, as tentativas esbarram nas poucas pesquisas em curso sobre o tema e na falta de investimentos da indústria farmacêutica. Até pouco tempo atrás, não era investido muitos recursos para desenvolver drogas voltadas para a doença do sono. Com isso, as possibilidades de tratamento de pacientes infectados não eram ampliadas.

    As informações mais recentes apontam que o cenário vem mudando. Ainda que lentamente, a indústria farmacêutica já vem formando parcerias e buscando investir mais em pesquisas voltadas para a doença do sono. Ainda assim, há um caminho longo a ser desbravado em prol da cura.

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