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  • O que acontece se eu ficar 24 horas acordado?

    Existem pessoas que amam dormir. Para elas, é imprescindível ter as famosas 8 horinhas de sono, e algumas conseguem alcançar mais do que isso facilmente. Por outro lado, existem as que acreditam que é uma perda de tempo e que dá pra viver sem dormir. Para esse grupo, é possível passar 24 horas acordado sem pausas, mas você sabe o que acontece se você ficar todo este tempo sem dormir? Para responder essa pergunta, a CPAPS explica em detalhes, primeiramente, porque dormimos – e se, de fato, é possível viver sem dormir.

    Veja o motivo de precisarmos dormir

    Dormir é uma necessidade tão natural quanto comer ou relacionar-se. Para o ser humano, o momento do descanso é essencial para repor as energias, ajudar o organismo a se recompor do estresse do dia, além de auxiliar no sistema imunológico. Segundo Erin Hanlon, professora do Centro do Sono, Metabolismo e Saúde da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, “a vontade de dormir é tão forte que chega a superar a vontade de comer”. 

    Dessa forma, é quase impossível lutar contra a vontade de fechar os olhos para descansar. Entretanto, o motivo da vontade de dormir ser tão forte ainda é um mistério para os especialistas. Sabe-se que ele é importante para “resetar” os sistemas do organismo, mas não se sabe o motivo pelo qual o corpo torna isso uma rotina. 

    É por isso que, ao ficar 24 horas acordado, sentimos muito sono e o corpo se desgasta mais. Isso acontece porque estamos lutando contra uma necessidade natural.

    Descubra porque algumas pessoas não dormem

    Alguns posts atrás, comentamos sobre o que é a falta de sono e como ela pode impactar a sua rotina. Porém, aqui é válido ressaltar que a falta de sono pode estar ligada com inúmeras consequências, como o desenvolvimento de doenças crônicas, como a diabetes e hipertensão. Alguns distúrbios emocionais, como a depressão, também estão associados à dificuldade em dormir.

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    Além disso, o indivíduo que sofre de insônia crônica e passa 24 horas acordado costuma sentir sintomas como a perda de memória, dificuldade de concentração e também de coordenação motora. E, quanto mais é resistido o instinto de dormir, mais prejudicado ficam nossas capacidades cognitivas.

    Entenda os efeitos de ficar 24 horas acordado

    Antes de responder essa pergunta, é necessário compreender por quê nosso corpo sente a necessidade de dormir à noite. Se você acompanha o blog da CPAPS, já deve saber que fala-se muito sobre os hormônios do sono e como eles influenciam no nosso dia a dia. Porém, destaca-se a melatonina, que é regulada a partir da luz do ambiente.

    Leia também: Conheça a melatonina, o hormônio do sono

    A melatonina é o que induz o corpo a entrar em um “modo de repouso”. Quanto mais luz é emitida, seja a luz natural do dia ou até mesmo das artificiais (como smartphones e televisões), menos ela é produzida, nos deixando em alerta e acordados. Quando a luz é cessada, os níveis de melatonina aumentam, desacelerando o organismo. A partir daí, começamos a sentir vontade de dormir. 

    Quando alguém ignora esses efeitos e passa 24 horas acordado, o organismo entra em desequilíbrio. Pode-se sentir mudanças de humor, paranoias e até mesmo alucinações. 

    Um exemplo de como o nosso corpo reage após horas e dias sem dormir é o caso do americano Randy Gardner, que em janeiro de 1964 entrou para o Guinness Book (o livro de recordes mundiais) após ficar 264 horas (cerca de 11 dias e 25 minutos) sem dormir. O experimento foi monitorado por cientistas, que observaram de perto quais reações seriam constatadas a partir disso. O resultado foi que, após o experimento, o jovem e outro voluntário sentiram mudanças no paladar, no olfato e até mesmo na audição.

    Descubra o limite de tempo saudável para ficar acordado

    O horário recomendado de sono por dia varia de acordo com a fase de vida de cada pessoa. Estima-se que, com o passar dos anos, menos dormimos. Por exemplo, bebês dormem, em média, entre 12 e 15 horas por dia, enquanto adultos tendem a dormir de 7 a 8 horas por noite.

    É preciso ressaltar que a quantidade de horas dormidas não está, necessariamente, atrelada à qualidade do sono. Pessoas que sofrem de apneia do sono ou ronco podem acabar dormindo uma quantidade considerada razoável, quando a qualidade do repouso está comprometida por conta dos distúrbios respiratórios.

    Nesse caso, é sempre recomendado realizar uma polissonografia, conhecida como “exame do sono”, para avaliar se existe a necessidade da utilização de uma máscara CPAP, que irá auxiliar na oxigenação na hora do descanso.

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